Somos um povo
acomodado. Além de não termos iniciativa para lutar pelos nossos direitos,
também não gostamos muito de pegar no pesado, trabalhar mesmo. E por isso somos
sedentários. Essa acomodação física já foi pior. Mudou quando uma rede de TV iniciou uma
campanha com o slogan “mexa-se” incentivando as pessoas a praticar esportes ou
mesmo fazer corridas e caminhadas. Mais tarde o locutor esportivo Luciano do
Vale abriu espaço na TV para outras modalidades esportivas além do futebol.
O esporte nacional, sem sombra de dúvida,
é o futebol. Mas, hoje já temos atletas brilhando no vôlei, basquete, judô,
atletismo, natação, e até mesmo no tênis e no surf, entre outros menos notados.
Mas, esses atletas brilham por si mesmos. Nasceram com o talento. Ao contrário
de outros países, eles não surgem nos colégios ou nas universidades onde a
prática de esportes para os estudantes é obrigatória.
Não existe qualquer tipo de incentivo
dos governantes para a formação e desenvolvimento de atletas. O garoto ou a
garota nasce numa favela ou num condomínio de luxo e pratica esportes por
prazer. Nos campos de Várzea ou nas quadras ´poliesportivas. Alguns contam com
o apoio dos pais para pagar escolas de formação de atletas, outros com
abnegados que formam ONGS para atender a crianças carentes. Mas, o talento é
inato.
Onde estão as escolas de tempo
integral, onde os estudantes além da formação acadêmica, também praticam
esportes, além de frequentar aulas de música, pintura, ou qualquer outro tipo
de arte? Isso quer dizer que além da formação profissional convencional, eles
também são preparados para outras atividades para as quais sejam vocacionados.
Nestas escolas de tempo integral, o
aluno entra pela manhã e só sai no final da tarde. Os colegas, professores e
funcionários são a sua segunda família. Não há tempo para vagabundagem, nem
para drogas. Além disso, o transporte escolar o apanha na porta de casa conduz
até a escola e no final do dia o leva de volta para sua casa. Mas, isso
acontece em países onde a educação é levada a sério e o cidadão exige dos
governantes investimentos pesados nesta área.
Em que pese o atual governo alardear a
excelência da nossa economia, a grande maioria dos jogadores da seleção
brasileira de futebol mora e joga em equipes de outros países, principalmente
da Europa. Por que não ficam aqui?
Porque o futebol brasileiro é um mar de lama e corrupção, governados por
políticos e os clubes não são administrados com profissionalismo e honestidade.
O resultado é a queda cada vez maior de público nos estádios e a pratica de um
futebol medíocre.
Caso a seleção brasileira venha a
conquistar a Copa do Mundo, o governo certamente irá tentar capitalizar parte
desse sucesso para si, alegando o esforço e investimento para a realização da
Copa no Brasil. Mas, como disse, Romário, essa foi a copa onde houve mais
roubalheira no mundo. E, se a seleção for bem sucedida, o mérito será única e
exclusivamente dos jogadores e comissão técnica, pois o governo nunca fez nada
por eles.
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