Num sentido popular, legado é
algo que se deixa com o objetivo de preservar uma cultura ou beneficiar alguém.
Também faz parte de um legado a história de vida do protagonista. Todo mundo
tem uma história de vida, mas poucos conseguem transformá-la num legado, por não
ter nada de bom para deixar para alguém.
Um legado pode ser; material,
cultural, familiar, etc. Muitos, mal conseguem deixar um legado material para seus
beneficiários se engalfinharem na partilha. Outros conseguem fazer história
deixando exemplos a serem seguidos por qualquer um beneficiário quer seja da
família ou não. Os legados exclusivamente familiares geralmente ficam por conta
das tradições e história dos antepassados.
Cada um tem o direito de levar
a vida como quiser, mas é obrigado a anotar tudo no seu livro da vida. Nesse
livro você escreve as vitórias e também as derrotas, seu estilo de vida e seu
patrimônio adquirido. É aí que você mostra pra sua turma que “você é o cara”.
Se você for escrever seu livro, seu legado, sua história
de vida sobre o planeta, não faça plágio do livro de ninguém. Escreva a sua
própria história.
Tem gente que se contenta em
copiar páginas e mais páginas do livro dos outros. Copia a maneira de vestir, de falar e ainda
diz que é “cabeça feita”.
Mas não é só nessa página que
reside o plágio. Tem gente que plagia um livro completo com profissões, hábitos,
cognome ou apelido e ainda torce para que o plagiado se dê mal na vida para que
seu livro fique exclusivo.
Imaginar que, só escreve um
legado quem tem dinheiro, carro bonito e casa na praia, é totalmente errado.
Tem gente que afirma, de peito
estufado, que seu legado é o estudo que está financiando para seus dependentes.
Outros lutam, até se tornarem dignos de pena, para amealhar dinheiro e adquirir
bens para seus dependentes. Pela gratidão ou pelo sobrenome impresso nos
documentos, esse legado patrimonial, um dia vai conduzi-lo a posteridade.
Muitos, até se tornaram donos
de imensos patrimônios, mas passaram pela vida, economizando história e
desperdiçando páginas de seu livro da vida com exemplos tão mesquinhos, que
seus descendentes lembram com mais carinho do legado cultural deixado pela babá
que os criou.
Testamento com herança e bens
é considerado um legado, mas não deveria ser. Quando alguém, em testamento, deixa
dinheiro e bens para outros, é porque não teve como levá-los ou simplesmente
está ressarcindo, aos seus legítimos donos, o que lhes foi usurpado em vidas
passadas.
Se a intenção fosse beneficiar
os herdeiros, ele teria feito isso em vida.
Cada criança chorosa que aterrissou num berço, numa
maternidade ou numa manjedoura, não foi jogada aqui pelo carro do lixo da
espiritualidade. Ela veio como agente especial. Talvez escrever um legado para
seus descendentes, porque seus antecessores falharam nessa missão.
Ninguém vem para cá em busca
de pão e circo ou freqüentar templos religiosos em busca da salvação. Vem
escrever seu próprio legado.
Conrado Dantas
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