O desfecho, hoje, do julgamento da chapa Dilma-Pinguela,
no TSE, era mais previsível do que passar mal depois de comer manga com leite.
Não foi à toa que o debate atingiu o onírico com o Relator desejando que não se
fosse chegar a Adão, Eva e a serpente sendo chamados para depor, embora a dupla
possa ser acusada de fazer o que fizeram desde os tempos do Paraíso. O fiscal, esclareço.
Não havia a menor chance de emplacar o relatório.
Antes de ser dada a largada nesta corrida voltou-se ao recolhimento de provas e
concessão de mais tempo para defesa. Contribuindo para o jogo de empurra
decidiu-se que a coisa só vai andar depois de Guido Mantega e o casal de
delatados - João Santana e Monica Moura- concluírem sua delação publicitaria.
Depois tem troca de Ministro e se o processo voltar a andar, o Ministro
Napoleão- e cada país tem o Napoleão que merece- irá pedir vistas- ou perder de
vista- ao processo.
A queda do governo Temer- a pinguela, segundo FHC-
jogaria o Brasil em um limbo aterrador e conflituoso, o que lhe dá a chance de
manter a pose de mal menor ficando por lá. A depender do TSE, nos manteremos no
embromation até a próxima eleição ou dilúvio divino. Talvez, menos
catastrófico.
A devastação moral do Rio de Janeiro
A eterna relativização do crime fez com o que
maior evento e símdo do estado do Rio do Janeiro- o carnaval- seja
patrocinado, dirigido, pela contravenção, e acabe divulgado para o mundo,
venerado pela mídia e população, esquecendo que ele é o retrato do fronteiriço
limite entre legal e ilegal que permeia a existência do Rio de Janeiro.
Neste ambiente de tolerância e cumplicidade o bando
do imortal e pantanoso PMDB não poderia encontrar um meio melhor para
florescer, alimentado pelo generoso apoio e aval de Lula e Dilma. A formação da
quadrilha que saqueou as verbas e o presente dos cariocas , composta por
empresários, políticos, membros do poder judiciário, é o retrato acabado do
grau de destruição a que pode ser levado uma Sociedade que perdeu completamente
os valores de referência moral e escolheu como glamour o lado errado da lei.
A devassidão moral que atinge a Presidência da
Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas mostra que é um horror sem fim.
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