
De um lado Temer, que mente a nação sem pudor, recebe empresários
investigados na calada da noite no Palácio, autoriza o uso de seu nome
em negócios escusos, avaliza Ministros corruptos, e segue em direção a
lama da história e a degradação pessoal, entre mesóclises e rapapés.
Neste meio tempo é acusado de mandar espionar o Ministro Fachin, o que
soa verossímil a todos, apesar de suas negativas. Noticia-se, também,
que usará a força para perseguir os que o denunciaram, praticando uma
das maiores perversões do sistema político que é o uso do Estado contra o
cidadão
. Do outro lado, o personalismo de Janot trouxe a desestabilização política, não por denunciar o presidente ou o principal líder da oposição- ambos useiros e vezeiros em aparecer nas delações-, mas pela impressão de perseguição, a utilização de “métodos não convencionais de investigação”, acordo de delação aberrante e inaceitável, denúncia sem perícia de fita, procurador da equipe orientando delação e mudando de lado, para advogar, sem sequer fazer quarentena, e vazamento de gravação de jornalista com sua fonte. Este conjunto fragiliza a aprovação da lava-Jato e do próprio MP, que faz um excelente trabalho. Além disso, assim como acusam Temer de espionagem, relata-se que a PGR chegou a pedir o grampo do celular presidencial e escuta ambiental a Fachin, o que ele não permitiu. Janot negou, mas com suas atitudes perdeu o crédito que lhe era garantido anteriormente.
. Do outro lado, o personalismo de Janot trouxe a desestabilização política, não por denunciar o presidente ou o principal líder da oposição- ambos useiros e vezeiros em aparecer nas delações-, mas pela impressão de perseguição, a utilização de “métodos não convencionais de investigação”, acordo de delação aberrante e inaceitável, denúncia sem perícia de fita, procurador da equipe orientando delação e mudando de lado, para advogar, sem sequer fazer quarentena, e vazamento de gravação de jornalista com sua fonte. Este conjunto fragiliza a aprovação da lava-Jato e do próprio MP, que faz um excelente trabalho. Além disso, assim como acusam Temer de espionagem, relata-se que a PGR chegou a pedir o grampo do celular presidencial e escuta ambiental a Fachin, o que ele não permitiu. Janot negou, mas com suas atitudes perdeu o crédito que lhe era garantido anteriormente.
Não bastante estes fatos, o TSE, liderado por Gilmar, e Ministros
nomeados por Temer, inocentaram a chapa Dilma-Temer em um salto triplo
carpado jurídico inimaginável, colocando a Justiça Eleitoral em situação
vexatória, apesar do preciso relatório de Herman Benjamim. Aliás,
merece registro sua frase primorosa: “Recuso o papel de coveiro de prova
viva” e “Posso até participar do velório, mas não carrego o caixão”.
Uma nota para a posteridade.
No STF, por sua vez, temos Ministros que não formam nenhum
conjunto e que parecem mover-se por afinidades pessoais, sem nenhum
pudor em não se declarar impedidos em julgamentos. Toffoli aceitou
julgar processo de José Dirceu; Gilmar, de Eike, mesmo com sua esposa
trabalhando no escritório do advogado do empresário; e Fachin, que fez
campanha sendo levado a reboque pelo quebra-faca do gângster Joesley,
assina o vantajoso acordo de sua delação e perdão judicial e autoriza
monocraticamente um inquérito contra o Presidente da República.
O Congresso, por sua vez, desmoralizado, fustigado por delações,
segue incapaz de conduzir a nação politicamente, abrindo espaço para
que outros poderes tentem ocupar um lugar que legitimamente lhes
pertence.
São tempos bizarros, fratricidas, em que os poderes - podres
poderes- estão em verdadeira batalha, guiados por vaidades,
personalismos, ambições, conceitos individuais de Justiça, sem o devido
respeito institucional.
Enquanto isto, o Ministro da Marinha, Eduardo Bacellar, em duro
discurso declara: Hoje assistimos ao país ser assolado por crise
profunda e multifacetada. Assim como as tempestades dos mares em fúria
trazem perigo ao navio, ameaça destruir o sonho de grande nação que
podemos e devemos alimentar. Ao que parece, a extensão da crise e a
escassez de saídas começa a ocupar até mesmo os discursos dos militares,
que tem tido, até aqui, um comportamento exemplar.
Este salve-se quem puder e criminalização geral dos agentes do poder não costuma trazer bons resultados. Confiamos que a democracia brasileira tem suportado e pode suportar solavancos, mas é chegado a hora de superar a luta intestinal pelo poder, dos líderes se mostrarem cientes da responsabilidade maior que a história vai lhes cobrar e buscarem uma saída. Antes que seja tarde demais. Se já não o for.
Este salve-se quem puder e criminalização geral dos agentes do poder não costuma trazer bons resultados. Confiamos que a democracia brasileira tem suportado e pode suportar solavancos, mas é chegado a hora de superar a luta intestinal pelo poder, dos líderes se mostrarem cientes da responsabilidade maior que a história vai lhes cobrar e buscarem uma saída. Antes que seja tarde demais. Se já não o for.
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