
Nós já vinhamos alertando, aqui mesmo na Tribuna, que
Polícia não entrar em Campus Universitário era inadmissível nos tempos
democráticos atuais, com governos de esquerda e plena vigência da
liberdade de opinião. Escrevi que não precisavamos esperar a tragédia
acontecer, para revermos uma postura ultrapassada.
Algumas negociações foram feitas com a Polícia, mas a
Reitoria não quer que ela faça abordagens- certamente com medo que
prenda usuários de drogas-, como se tivesse a obrigação pedagógica de
ser um território livre para o tráfico e drogados.
Espaço com dez mil pessoas, ao menos, que a força policial
não entra, não existe mais. É irreal, no mundo violento como o atual. A
Universidade não pode, para proteger a minoria que compartilha um vício,
expor toda uma comunidade. Além do que, conceitualmente, é
contraditório que um orgão público rejeite a presença de uma força legal
da Sociedade. Que tipo de lição institucional a Academia está ensinando
a seus alunos e a comunidade?
Esperamos que o aviso sirva de lição.
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