segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Prisão de Geddel encarcera PMDB e embola sucessão baiana

Geddel, no entanto, entrou em maré negativa que começou com a demissão do governo Temer, por tráfico de influencia, ao tentar liberar a construção de um arranha céu em área tombada pelo Patrimônio Histórico; passou pela detenção anterior, da qual foi liberado para prisão domiciliar após chorar e dizer que tudo que queria era que suas filhas continuassem carregando seu nome; e desaguou nesta prisão atual, após ter sido estourado um bunker onde mantinha R$51 milhões de reais, em caixas e malas, comprovados, inclusive, pelo achado de suas impressões digitais.

Até o momento o PMDB tem feito silêncio sobre o assunto, mas isto não poderá persistir para sempre, visto que a aliança com o DEM para a sucessão fica ameaçada, já que o grupo do ex-ministro controla o partido e o desgaste será muito explorado pelo adversário de ACM Neto, o governador Rui Costa(PT).  Para complicar, caso Neto seja mesmo candidato,  quem assume a Prefeitura é Bruno Reis, do PMDB, embora seja mais de Neto do que do partido.  Antes deste lance, uma vaga para o Senado, seria do PMDB, reservada para Geddel, um indicado seu, já  que está licenciado do partido desde que foi para prisão domiciliar. 


Em uma eleição que se anuncia apertada a prisão foi um revés para Neto – pelo desgaste e redução da força de apoio que Geddel  era, como mostra os recursos no bunker, e embaralha ainda mais a sucessão baiana. Neto, aliás, ainda teve outro funcionário da Prefeitura- Gustavo Ferraz, chefe da Defesa Civil- preso, por ajudar Geddel, ao qual reagiu, demitindo imediatamente.

Os demais membros do PMDB devem estar inquietos com a situação e a Sociedade vai cobrar um posicionamento, afinal, no seu Estatuto, está escrito no Art. 10,  que constituem infrações éticas dos filiados do PMDB:
II – improbidade administrativa praticada na gestão da coisa pública;
III – conduta pessoal indecorosa;

O PMDB terá de tomar uma posição: ou expulsa o ex-ministro ou  finge estar morto. O que pode se tornar verdade.
Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Lula, Dilma, Temer, deputado com vários mandatos, é a estrela maior do PMDB baiano, partido presidido por seu irmão Lúcio Vieira. A sua presença no noticiário de acusações vem desde o tempo que ocupou o Baneb, mas ele não costuma levar desaforo para casa e tem inúmeros e agressivos embates no Twitter, a rede social.

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