sexta-feira, 11 de maio de 2018

Insensatez


          
O PT sempre estimulou a luta de classes, e desde que chegou ao poder tem estimulado a intolerância e o ódio entre as pessoas no melhor estilo do ensino maquiavélico de “dividir para reinar”. E com a Educação geral em baixa, o analfabetismo em alta e a ignorância grassando em todas as camadas sociais, fica mais fácil manipular a opinião pública, até porque a grande maioria das pessoas desaprendeu a pensar por si mesma e sempre acredita em tudo que ouve ou lê.
            Ouvi uma discussão no rádio sobre se homens e mulheres devem ganhar o mesmo salário quando desempenham funções iguais. Essa discussão sequer deveria existir se as pessoas se dessem ao trabalho de pensar e não fossem como a minha avó chamava esse tipo de gente: “Maria vai com as outras”. Os idiotas “politicamente corretos” devem ter rido muito com tal discussão. Politicamente corretos vocês sabem, são aqueles que pregam que se as pessoas não chamarem um pivete de pivete, e sim de menor em risco social ele deixará de ser pivete. Choveram opiniões. Algumas sensatas e a maioria estapafúrdia. E eu lembrei de uma passagem da minha vida.

            Seguinte: No início da década de 70 eu trabalhava numa indústria que produzia motores e reatores elétricos. Eu fui deslocado da linha de montagem de motores para a linha de confecção de bobinas de reatores que acabara de ser instalada. Nosso grupo que era composto por homens e mulheres, recebeu treinamento e começamos a trabalhar em máquinas novinhas. Ao fim de algum tempo a nossa média máxima de produção, sem perdas, era de 15 bobinas por dia, e era considerada satisfatória.
Na inquietude dos meus 16 anos (sim, menor podia trabalhar e ter a carteira assinada. Que felicidade!), eu descobri uma manha que me levou a produzir 30 bobinas/dia, o dobre da média. Recebi, juntamente com um colega, que também descobrira a manha, muitos elogios e tapinhas nas costas. Mas aquilo não se traduziu em dinheiro, e eu e o colega continuamos a receber o mesmo salário que os demais.  Homens e mulheres que não conseguiram igualar a nossa marca e continuavam a matar hora indo ao banheiro para fumar ou tomando cafezinho. Aquela foi a minha primeira desilusão no mundo do trabalho. Perdi o entusiasmo e o emprego, mas ganhei um grande ensinamento: Trabalhe para quem lhe respeite pela sua capacidade e valoriza seu esforço pelo que você produz, e não pelo seu sexo, raça, religião ou ideologia política. E me dei muito melhor assim.

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