
Antigamente as crianças em idade
escolar já chegavam à escola sabendo ler e escrever, pois eram alfabetizadas
pelos membros da família. E quando estudantes contavam com a dedicação e o
comprometimento dos seus professores, em maioria na escola pública, para com o
bom aprendizado dos seus alunos. Para eles era questão de honra que seus alunos
fossem bem instruídos. Um mau aluno poderia passar uma imagem ruim do professor
que zelava pela sua reputação de bom mestre.
Além disso, havia amigos e colegas
solidários que se esforçavam para auxiliar aqueles que estavam com alguma
dificuldade em aprender. Lembro que na Residência do Universitário Feirense
(RUF), onde eu tinha alguns amigos, muitas vezes alguém perdia um fim de semana
para ficar auxiliando algum colega que ia mal em alguma matéria. Era ponto de
honra para os “rufiões” que nenhum feirense repetisse matéria na UFBA.
Ler bons livros era obrigação para quem
quisesse participar das rodinhas de bate papo. Quem não estava por dentro dos
melhores livros, dos melhores filmes, das melhores peças teatrais ou das
melhores músicas, ficava mudo nas conversas. E isso era ruim porque sem
conhecimento, ficava difícil até para arrumar namorada (o). Um amigo meu
descolou uma menina bonita numa festa de uma cidade vizinha, mas ela não
conversava. Quando ela resolveu abrir a boca ele terminou o namoro. Descobriu
porque era tão monossilábica. Kkkkk
Hoje os bons mestres migraram para o
ensino particular, porque o ensino público paga uma miséria aos professores e
ainda não oferece condições de trabalho ideais, como segurança, respeito e equipamentos
modernos. As salas de aula das escolas públicas são dos tempos das cavernas, se
comparadas com as escolas particulares, onde há um PC para cada aluno, com
sinal de internet e lousas eletrônicas.
Sob estas condições por mais de quatro
décadas gerações de semianalfabetos e ignorantes surgiram, principalmente por
causa da falência da estrutura familiar. Um diagnóstico simples: Se os pais não
aprenderam, como ensinar aos filhos valores como Educação, Cultura, e respeito
pelos seus semelhantes?
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