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César Oliviera |
No outro lado, Bolsonaro usa retórica rasteira e seus filhos&cia utilizam um discurso que
oscila entre o vazio intelectual e a asneira pura e faz apologia da
força para a parcela de seu público extremista, incorporando a rejeição
ao adversário. Caso eleito, como parece provável, terá de moderar a
retórica de intolerância dos que lhe rodeiam, para governar.
Entre os extremos existe mais de 1/3 do eleitorado que elegeu o PT por
mais de 14 anos- e eram bons cidadãos-, e que, agora, cansados do
ativismo, da retórica de ameaças, e da corrupção, afastam o PT do poder -
e são tachados de homofóbicos, machistas,racistas, e coisas piores-,
embora sejam os mesmos bons cidadãos de ontem. Não é possível. Aliás,
para entender a massa é bom rever Elias Canetti, em Massa e Poder, um
livrão dos anos 60.
Não acredito em ameaça a democracia brasileira- aliás, a liberdade eleitoral e de opinião que vivemos, no global, é majestosa, assim como a votação eletrônica é invejável-, mas precisaremos estar atentos, pois, haverá solavancos no seu exercício cotidiano. Não creio, entretanto, em possibilidade de intervenção das Forças Armadas porque elas, nem o "mercado', querem.
A renovação política- não necessariamente por elementos melhores-, já sinalizou a inquietação do povo com a impunidade, a insatisfação com os serviços, a perda do poder de influência de intelectuais e artistas ( a vaia a Rogers Waters foi um símbolo), o crepúsculo da velha mídia e de institutos de pesquisa, e o alvorecer das mídias alternativas e da necessidade dos políticos compreenderem os anseios populares de forma verdadeira e não se despersonalizarem sob as ordens de seus marqueteiros. Identidade - e Haddad pagou esse preço, por ser apenas o outro, o preso- é a nova demanda dessa modernidade que tenta parecer cada vez mais amorfa, renegando o humano. Tudo isso precisará ser analisado, avaliado, compreendido, para a eleição seguinte.
O grande esforço que nos resta é o fortalecimento institucional, para que essas instituições estejam sempre com capacidade de exercer a mediação dos conflitos, viabilizando o funcionamento do sistema de freios e contrapesos que garantam a democracia, até porque, Kant, já temia a força corruptora do poder sobre a alma humana. Ao trabalho, senhores...
Não acredito em ameaça a democracia brasileira- aliás, a liberdade eleitoral e de opinião que vivemos, no global, é majestosa, assim como a votação eletrônica é invejável-, mas precisaremos estar atentos, pois, haverá solavancos no seu exercício cotidiano. Não creio, entretanto, em possibilidade de intervenção das Forças Armadas porque elas, nem o "mercado', querem.
A renovação política- não necessariamente por elementos melhores-, já sinalizou a inquietação do povo com a impunidade, a insatisfação com os serviços, a perda do poder de influência de intelectuais e artistas ( a vaia a Rogers Waters foi um símbolo), o crepúsculo da velha mídia e de institutos de pesquisa, e o alvorecer das mídias alternativas e da necessidade dos políticos compreenderem os anseios populares de forma verdadeira e não se despersonalizarem sob as ordens de seus marqueteiros. Identidade - e Haddad pagou esse preço, por ser apenas o outro, o preso- é a nova demanda dessa modernidade que tenta parecer cada vez mais amorfa, renegando o humano. Tudo isso precisará ser analisado, avaliado, compreendido, para a eleição seguinte.
O grande esforço que nos resta é o fortalecimento institucional, para que essas instituições estejam sempre com capacidade de exercer a mediação dos conflitos, viabilizando o funcionamento do sistema de freios e contrapesos que garantam a democracia, até porque, Kant, já temia a força corruptora do poder sobre a alma humana. Ao trabalho, senhores...
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