Regalo
natalício
Nas águas de 83 marços, decano do sodalício literário de minha cidade, costumo dirigir-me a seus membros, tratando-os por ‘amantes’ da arte de escrever. Não mais sendo eu “essa Coca-Cola toda”, a palavra ‘amantes’ passa desapercebida de outras conotações, vezes muitas, preconceituosas e discriminatórias.
Reina, é sabido, em dados agrupamentos sociais, uma reserva temerosa ao se tratar da literatura sensual. Além dos tabus, incrustrados em intimidades do relacionamento humano, dados leitores, tendem a considerar o autor ou a autora, partes da história ou defensores dos costumes e feitos narrados.
Por isso, tenho preservado
tal lado do meu escrever, mesmo porque a sensualidade ainda foi tematizada em
nosso sodalício.
Enquanto isso, organizo e
desfio os desafios propostos para o ano em curso, pela confreira Jane Lopes,
titular da Logística Operacional do Colares. Tais temas abarcam campos que vão
da fome ao consumismo, passam pela literatura infantil, mergulham nos jogos
olímpicos, devassam a antológica obra do são-gonçalense Geraldo Alves Pereira,
trazem à tona nossos povos originários, viajam nas lendas de Dandara da
cearense Jarid Arraes. Tudo isso - IA esquecendo – somado a divagações sobre a
Inteligência Artificial.
Um inigualável regalo
natalício, o qual espero ‘curtir’ – (d)escrevendo - à luz da reduzida fulgência, de meus loquazes
marços.
Hugo Adão de Bittencourt Carvalho (1941), economista, cronista, é autor do livro virtual
Bahia – Terra de Todos os Charutos, das crônicas Fumaças Magicas
e Palavras ao Vento,
participa do Colares – Coletivo Literário Arte
de Escrever. Vive em São Gonçalo dos Campos - BA
[email protected]
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