Antes que
algum engraçadinho deturpe minhas palavras, firmo aqui a minha posição quanto à
escolha de Valdomiro Silva para ocupar a Secretaria Municia de Comunicação
Social (Secom/PMFS). Como qualquer outra pessoa, Valdomiro tem qualidades e
defeitos, afetos e desafetos. O considero um amigo. Entendo que o titular da
Secom tem que ter bom trânsito entre os órgãos de comunicação e bom
relacionamento, pelo menos, com a maioria dos colegas. Creio que isso ele tem.
Quanto à
Secom em si, entendo que ela nunca foi tratada com o devido respeito pelos
sucessivos governos desde que foi criada, e nunca funcionou como deve. É vista
como algo que existe para dar uma satisfação à sociedade e à imprensa em si, e
dotada de uma verba a ser distribuída de acordo com a conveniência pessoal do
prefeito, e quase nunca obedecendo aos critérios necessários para uma adequada
aplicação da verba destinada para a publicidade oficial do governo, o que faz
do secretário um fantoche.
Além disso,
a Secom sofre do mal comum a todo órgão público, que se chama “estabilidade”
dos funcionários concursados, que só prevê demissão em casos extremos, como
roubo ou crime mais grave. A ineficiência, o desrespeito hierárquico, não são
considerados como faltas graves para demissão, o que cria sérias distorções
comportamentais e, não raro, conflitos internos, em prejuízo da produtividade
daquele organismo público.
A psicologia do
“Cara”
Rolou na
internet e tem sido alvo de comentários na imprensa e em todas as rodas de bate
papo uma análise psicológica da música
“Esse cara sou eu”, de Roberto Carlos. Tudo começou com uma brincadeira em que
uma mulher, vai ouvindo a música e comentando os versos de uma forma totalmente
equivocada, e por isso mesmo, hilária. E ela conclui, equivocadamente, que “o
cara”, da música, é um sujeito inseguro e possessivo.
O problema
é que tem gente achando que a análise está correta. E é aí que está o perigo,
porque passa para os jovens imaturos uma idéia errada e equivocada sobre o
romantismo. A letra da música, na verdade, é uma declaração de amor (algo fora
de moda) das mais belas, partindo de alguém apaixonado que, sentindo que sua
amada está em dúvida se o ama de verdade, tenta convencê-la de que ele é o amor
da vida dela. Uma terna e bela história de amor. Simples assim.
Mas, os
psicólogos de almanaque entenderam o “esse cara sou eu” como sentimento de
posse e insegurança. Fizeram até gracejos com o verso em que o personagem diz
que “te acorda de madrugada para dizer que te ama”. Se eu acordasse minha
mulher na madruga só pra dizer isso, ela não iria chamar o Samu, o pessoal do
hospício ou da Carrocinha, mas, certamente iria estranhar, afinal de contas ela
está ali do meu lado. Mas, ligar para uma namorada no meio da noite para dizer
o quanto a ama, ela certamente ficará feliz. Que mulher não fica? Os pares dos relacionamentos
abertos (sabem o que é isso?) também fazem tais ligações. Nada mais natural.
Fica um
conselho: Deixem a psicologia para os psicólogos.
De quebra, deixo versos
verdadeiramente possessivos e machistas:
El preso
numero nueve ya lo van a confesar/Esta encerrado en la celda con el cura del
penal/Y antes del amanecer la vida le han de quitar
Porque mató a su mujer y a un amigo desleal/Dice así al confesar/Los maté si señor/Y si vuelvo a nacer/Yo los vuelvo a matar. (El preso numero Nueve - Manolo Marroquín)
Porque mató a su mujer y a un amigo desleal/Dice así al confesar/Los maté si señor/Y si vuelvo a nacer/Yo los vuelvo a matar. (El preso numero Nueve - Manolo Marroquín)
“Deixa eu te amar, faz de conta que sou o primeiro.... Quero
te pegar no colo, te deitar no solo e te fazer mulher” (Deixa eu te amar –
Agêpê)
“Se você quiser ser meu
amor/Para sempre me conquistar/Tem que fazer o seguinte, dois pontos,/Sem
bronquear, viu, sem bronquear:
Todos os dias sonhar comigo/De
manhã me acordar com beijinhos/Me abraçando e sorrindo contente/Feliz da vida
me fazendo carinho, viu?/Me fazendo carinho
Dizendo que eu sou a coisa que
você mais quer/Me apoiando, fazendo tudo o que eu quiser/Dizendo que a vida só
é boa comigo ao seu lado/Que eu sou o lado forte e bom do seu viver
Chorando e lamentando por não
ter me conhecido há mais tempo/E dizendo que daria um bilhão por esse momento”
(Se você quiser, mas sem bronquear -
Dóris Monteiro)
*Solicitação de esclarecimento a respeito da forma de
condução dos trabalhos legislativos, em caso de dúvida sobre a interpretação do
regimento na sua prática exclusiva ou relacionada com a Constituição. Em
organizações como a Maçonaria, clubes de serviço e similares, também é usada
pelos membros da assembléia para fins de esclarecimento e bom andamento dos
trabalhos.
Cristóvam Aguiar
Cristóvam Aguiar
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