sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Alex Ferraz

ASSASSINOS
Prefeitura e empresas de ônibus de Salvador precisam fiscalizar melhor o comportamento da maioria dos motoristas desses veículos. Anteontem, dois deles, em ocasiões distintas, entre a Carlos Gomes e o Campo Grande, invadiram sinais, por volta das 7h30, e quase mataram três pessoas.

Frase: As farsas do emprego de José Dirceu e da "pobreza" de Genoínio são um acinte ao bom senso.

Eu também quero ser mensaleiro condenado
Durante quatro meses, este ano, tentei conseguir emprego para uma amiga (inclusive narrei o processo nesta coluna, quando esta amiga, corroída pelo estresse, acabou sofrendo um AVC). Mulher competente, mãe de três filhos, ela tem um "defeito": 42 anos de idade. Pedi a amigos, políticos, coleguinhas de profissão (e gente famosa!). Mexi em todos os cantos e sempre explicando que ela queria TRABALHO, não apenas um emprego, pois é uma pessoa digna, e aceitaria, a despeito de sua formação e conhecimento, até mesmo salário mínimo. Não consegui NADA!
Corta para o presídio da Papuda: condenado pela acusação de ser um dos gerentes do mensalão, esquema de corrupção que movimentou centenas de milhões, o ex-ministro José Dirceu (o homem da mala, e sei que isso é verdade porque testemunhei situação escabrosa numa certa campanha, em 2004, em importante município baiano) conseguiu regime semi-aberto e um emprego repentino, com mais de 60 anos de idade, para ganhar R$ 20 mil mensais como gerente de um hotel em Brasília.
Única conclusão a que posso chegar: no Brasil não vale a pena ser honesto e muito menos estar preparado para algum emprego. Mesmo para ganhar salário mínimo. O que vale aqui é ser corrupto, roubar o dinheiro público e ser amigo do poder. Aí, sim, chove emprego.
A propósito, o dono do hotel é filiado importante do PTN, partido que é da base do governo, governo que é do partido de Dirceu. Qualquer farsa não será mera coincidência. Eu sou menino, moço?!

Efeito muito
benéfico

Com os presos do mensalão, nunca vi tanto político querendo tralhar de verdade. E com carteira assinada. Pis sim!

Pobrezinho,
uma ova! (I)

Da coluna do Cláudio Humberto: "O estado de saúde de José Genoino (PT-SP) não é a única farsa na história do mensalão. Ele faz pose de coitadinho, divulga que mora na mesma casa financiada pela Caixa há trinta anos, blá-bla-blá, mas recebe salários de marajá (R$ 26.723,13), como deputado federal há 27 anos, além da Cota mensal para Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), de R$ 31.301. Entre janeiro e setembro, embolsou R$ 522 mil. Como deputado, Genoino tem auxílio moradia de R$ 3.800 em espécie, verba para passagens aéreas e cota para correios e telefone."

Pobrezinho,
uma ova! (II)

Nunca é demais lembrar que deputado recebe verba mensal de gabinete no valor de R$ 78 mil para contratar assessores, mas na maioria dos casos fica com quase tudo. Não existe deputado pobre. Aliás, político pobre é uma contradição em termos. Ou vocês acham que a gente paga tanto imposto para quê?

Dois presos,
duas medidas (I)

Esta notícia vem do blog do Josias: "Num instante em que as queixas dos presos do mensalão monopolizam o noticiário político-policial, o Conselho Nacional de Justiça realiza em Alagoas mais um de seus mutirões carcerários. Iniciado em 4 de novembro, o trabalho só será concluído em 6 de dezembro. Mas os resultados parciais reforçam a sensação de que os 11 presidiários do mensalão fazem dos restantes 540 mil detentos do país personagens de uma subcivilização."

Dois presos,
duas medidas (II)

Pelas contas do CNJ, há em Alagoas cerca de 2.900 presos. A maioria (57%) está atrás das grades sem sentença condenatória —um percentual superior à média nacional, que contabiliza 40% de presos provisórios. Por ora, o mutirão varejou 1.510 processos, dos quais 473 se referem a presos condenados e 1.037 a detentos provisórios, que aguardam no inferno pela oportunidade de um julgamento.

 
 

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