
Fico
a pensar: será que em sociedades onde aqueles que prometeram que não faltaria
mais comida na “mesa dos pobres” e cumpriram a promessa, as pessoas saqueariam
esse tipo de carga (salvo, claro, se for alguém que o faça em grande quantidade
e para vender)? Não seria sintoma de extrema pobreza correr atrás de meia dúzia
de pacotes de leite ou dois ou três quilos de soja? Ou ainda roubar um
pacotinho de bifes, num mercado, conforme ocorreu em Salvador há alguns dias?
E que
tem a ver tais situações com o atual grupo que governa o País e também em
relação àqueles que querem derrubá-lo, mas fizeram governos só para as elites?
Tudo a ver. Merece impeachment, processos, repúdio, todos eles, pois a
população brasileira continua miserável, e, agora, perdendo o emprego, aqueles
que o tinham e ganhava merrecas.
A
sociedade brasileira, na periferia das grandes cidades, segue vivendo em
barracos, em comunidades com ruas sem pavimentação e metade dos brasileiros não
tem esgoto tratado. Os brasileiros continuam pobres, muito pobres, e à mercê de
uma saúde pública falida e da violência brutal. A juventude brasileira segue
sendo assassinada e suicidando-se com drogas como o crack.
Tudo
continua como sempre foi, e só piorando. Vereadores, prefeitos, governadores,
presidentes, deputados, senadores, nunca se preocuparam seriamente com isso.
Vivem de factoides, de slogans simpáticos mas ineficazes, deram as costas para
o povo, em nome do qual sempre enchem a boca nos palanques.
Aliás,
falam dos pobres com tal veemência demagógica que chega a ser acintoso.
Mais
do que pedalas fiscais e até mesmo rombos em estatais, eis o maior crime dessa
gente: um verdadeiro genocídio.
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