E AÍ?

Estamos diante de mais um dos infindáveis episódios de inocentes mortos pela Polícia, que sempre alega “troca de tiros”, aqui, em São Paulo, no Rio, no inferno!. Foi o que aconteceu no bairro do Uruguai. Diante disso, vem à lembrança o assassinato covarde, com tiro pelas costas, cometido pela Guarda Municipal em plena Praça Cayru, no Comércio. E aí surge a cobrança – inútil, eu sei, porque tenho quase quatro décadas de jornalismo e nunca vi ninguém ser punido por esse tipo de crime -, mas que vale a pena reforçar: o que foi feito do guarda municipal que cometeu o covarde assassinato? Continua trabalhando? Será punido? Seria interessante que certos programas de TV também fizessem tais cobranças. Mas...

No Brasil, quem não é canalha na véspera é canalha no dia seguinte. (Nelson Rodrigues)

José de Abreu, Letícia Sabatella, Chico Buarque o PT e a Lei Rouanet

Uma das maiores defensoras  do governo Dilma e do PT é a atriz Letícia Sabatella, que tem ao seu lado o ator global José de Abreu, e até mesmo o clássico defensor dos “pobres e oprimidos” Chico Buarque de Hollanda, entre outros. E o que os citados – e mais alguns não relacionados aqui – têm em comum? Todos foram beneficiados pelo governo, inclusive e principalmente pela Lei Rouanet, que liberou milhões de reais em projetos para eles. No caso de Chico Buarque, a irmã, Ana Buarque, chegou a ser ministra da Cultura de Dilma.

Então, quando José de Abreu perde a cabeça (sic) e cospe no rosto de um casal que, usando do seu direito de crítica, o abordou em chiquérrimo restaurante paulistano; quando Chico (cuja obra em admiro demais, diga-se de passagem) sobe num palanque para defender Lula et caterva; quando Letícia Sabatella parte de unhas e dentes para, ferozmente, defender Dilma, temos sempre de ter em mente que por trás disso há mais, muito mais, do que “ideologia”, até porque os defendidos não têm nenhuma.

Tivessem, e não teriam feito alianças com Collor, Maluf, Sarney e gente do tipo. Ora, ora!

 

Afinal, muita gente boa, de esquerda, já fez o mesmo. Foi o caso do atual chefe de gabinete de Dilma e ex-governador da Bahia Jaques Wagner, que dedicou aos pais e filhos o seu voto, quando era deputado federal em 1992, e a Câmara dos Deputados decidiu pela abertura do processo de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. 

 

Não vamos criticar a sessão (II)

 

E por falar nisso...(II)

Basta verificar as contas de tais entidades e checar quantos milhões e milhões já receberam, de mão beijada, do governo, nos últimos doze anos. Não sou menino, não, cara!

Nossa , será que a corrupção, no Brasil, é hereditária? Eu, hein!

Não vamos criticar a sessão (I)

Vamos acabar com esse preconceito de criticar os deputados federais, a maioria de direita, que quase transformaram a sessão do impeachment, na Câmara, em um ato da Tradição, Família e Propriedade (TFP).

Disse o então deputado Wagner: “Senhor presidente, quero dedicar estas palavras e o meu ‘sim’ na tarde de hoje aos meus pais e aos meus filhos. Aos meus pais como integrantes de uma geração que, na esperança, sempre plantou neste país a expectativa de sermos uma Nação correta, uma Nação altiva; aos meus filhos, que, junto com outros jovens, tomaram as ruas desta País, para dizer: ‘Vocês estão certos’. Esta Casa não lhes negará a esperança de que amanhã o Brasil será outro”. Tá certo!

E por falar nisso...(I)

A atriz Letícia Sabatella, que tem um longa relação de trabalhos com a Rede Globo , TV hoje acusada de ser “líder no golpe midiático contra Dilma” pelos petistas, fez recentemente um discurso em Brasília defendendo a líder do Partido dos Trabalhadores. De acordo com o noticiário, “não é a primeira vez que Letícia tece elogios à presidente e critica quem pede o seu impeachment. Ela já chegou a opinar até chamando de ‘maquiavélico’ quem pede o impedimento de Dilma. De forma autorizada, Sabatella tem uma relação realmente positiva com o governo.” Pois é...

Vejam só, de repente me veio à mente a situação, por exemplo, da UNE e da CUT. Dantes combatentes ferozes – e com toda razão – de injustiças sociais e da corrupção, hoje silenciam diante dos escândalos ou, no máximo, selecionam alguns corruptos para bater neles, deixando de lado o que estão do seu lado.

Neta de peixe, sereia é?

A notícia: “A jovem Maria Gabriela Mendonça de Lyra, de 26 anos, foi presa na tarde da sexta-feira passada (22) tentando furtar peças de roupas de uma loja do shopping de luxo JK Iguatemi, em São Paulo. Ela é neta do ex-deputado federal por Alagoas e usineiro, João Lyra (PSD). O caso foi apresentado nacionalmente durante o programa Brasil Urgente, da Rede Bandeirantes.”