
Pego em flagrante - sim, ele passa a
ter culpa no cartório, por cumplicidade - só lhe resta gritar: olhem, os outros
também são ladrões, como se isto fizesse a expiação de sua culpa ou fosse um
salvo-conduto porque a falta de honestidade do outro legitimaria a falta de
honestidade de quem ele apóia.
Ao mesmo tempo, fingem uma
superioridade moral porque em algum momento o governo usou recursos para
oferecer alguns programas sociais aos mais carentes, esquecendo que os recursos
acabam, o que acaba levando o país a uma recessão que retira muito mais dos
desvalidos do que de quaisquer outros.
É preciso entender que as classes
mais carentes não podem servir de discurso ou de instrumento para validar o
roubo endêmico que estamos vivendo. Entregue à inércia administrativa, à crise
econômica, o Brasil segue em desempenho medíocre, sem atrair recursos, sem
investimentos, em um círculo vicioso que afeta as famílias com desemprego,
serviços ruins e superlotados, e perda dos mínimos avanços que havia obtido.
Apesar de tudo, o militante não
reconhece a incapacidade gerencial de Dilma, finge que não houve roubo, que as
campanhas não tiveram financiamento irregular, e sai a gritar: golpe, golpe,
como uma última desculpa, esquecendo que em verdade é um réquiem.
De tirar o chapéu
O presidente da Associação
Comercial, Alexandrino, criticou o presidente da Câmara pela desordem do centro
da cidade. Ronny desceu o porrete dizendo que Alexandrino tem medo de
direcionar a cobrança à pessoa certa, que é Ronaldo, e que os vereadores não
têm responsabilidade nisto.
Ronny está certo, pois Alexandrino
tinha mesmo de direcionar a cobrança do mais eterno dos assuntos ao prefeito.
Mas Ronny está errado, ao dizer que não tem nada com isto. Afinal, cabe à
Câmara, cobrar o prefeito para que ele realize as coisas que o município
precisa.
Ou então, nenhum vereador deveria
sair dizendo que indicou esta e aquela obra para esta ou aquela comunidade. Ao
que parece, o medo está perto de virar epidemia na cidade.
Projeto de lei
Queria sugerir que algum deputado
fizesse um projeto de lei que obrigasse todo hospital municipal, ou unidade de
emergência central, a ter o que deveria ser uma obrigação: um kit emergência
(carro de parada com ambu, laringoscópio, material de entubação) aspirador,
desfibrilador e um respirador.
Deveria ser rotina, mas não acontece
assim. E os médicos submetidos a estes plantões vivem um estresse infernal, o
medo da responsabilização e o pânico ético de ver um paciente morrer diante de
si sem poder intervir.
Lapa
Embora se denuncie que o piso
inferior não estava completo, a inauguração, por ACM Neto, da Estação Lapa, em
Salvador, antes degradada, é um alento.
Olímpica
Marcou um tento o governo Rui, ao
inaugurar a nova e única piscina olímpica de Salvador, que estava sem nenhuma
desde o fechamento da Fonte Nova. Infelizmente, é a única do estado, mas é um
bom começo.
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