Um em cada
quatro homens e uma a cada 20 mulheres sofrem com o vício em cigarro
– segundo dados de 2015, o total de pessoas que fumam diariamente
está na casa de 1 bilhão. Essa alta adesão ajuda a escancarar a letalidade do
cigarro: estima-se que o hábito seja responsável por uma em cada dez mortes no
mundo, tirando 7 milhões de vidas anualmente. No Brasil, país que tem 18
milhões de fumantes, o fumo faz 156 mil vítimas todos os anos.
Dizer que fumar
faz mal à saúde é chover no molhado. Além dos números falarem por si, todo
mundo tem um familiar ou conhecido que já sofreu com os problemas decorrentes
do vício. Na literatura científica, porém, outros hábitos nada saudáveis já
foram apontados como tão nocivos quanto o cigarro. O site Business Insider reuniu alguns bons exemplos.
Vamos a eles.
Vida eremita
Tom Jobim já
havia cantado a bola de que é impossível ser feliz sozinho. Não é só licença
poética: pesquisadores norte-americanos avaliaram dados sobre estilo de vida e
saúde de mais de 3 milhões de pessoas, e os resultados mostraram que viver
isolado do mundo aumenta em até 32% o risco de morrer prematuramente. Você,
leitor fiel da SUPER, talvez lembre que optar pela reclusão pode ser realmente
perigoso – tão ruim quanto fumar 15 cigarros por dia.
Sedentarismo
Trabalhar
sentado dá mais barriga que você imagina. Mas os problemas não param por aí.
Além de comprar calças mais largas, quem passa o dia todo na cadeira, sem nem
se levantar regularmente para pegar um copo d’água, pode ter saúde digna de
fumante. Cada duas horas a mais sentado aumentam os risco de desenvolver tipos
variados de câncer, como o do endométrio e do pulmão – esse último, triste
conhecido de quem acumula anos com o maço no bolso.
Comer mal
Para mulheres
grávidas, comer junk food no período de gestação pode fazer tão mal ao
bebê quanto o uso do cigarro. E não precisa nem ser mãe para ser impactado por
dietas gordurosas ou açucaradas demais: uma
pesquisa de 2016 mostrou que abusar do combo hambúrguer + batatinha frita
oferece mais riscos a saúde que fatores de risco como álcool, drogas, sexo sem
proteção e tabaco combinados (!).
Dormir pouco (ou muito)
A relação foi
apontada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 2015: dormir mal aumenta o
risco de doenças cardiovasculares em um ritmo que só o vício em cigarro é capaz
de fazer. Mas um estudo da Universidade de Sydney, na Austrália, foi
ainda além. Seus resultados mostraram que ficar na cama tempo demais também
pode pesar na saúde: os fãs de edredom dobram suas chances de desenvolver problemas
diabetes tipo 2, doenças cardíacas e obesidade – problemas que vira e
mexe, costumam figurar ao lado do cigarro.
Da cor do verão
Sabe aquele
bronzeado bonito, estilo Donald Trump? Persegui-lo a todo custo pode ter um
preço letal. Sessões de bronzeamento também são verdadeiros vilões da saúde, e, segundo um estudo de 2014, são responsáveis por mais
casos de câncer de pele do que o número de cânceres de pulmão causados pelo
cigarro.
Só um cigarrinho?
Uma campanha de
2013 produzida pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) se baseou em dados da OMS para cravar: uma sessão de narguilé
equivaleria a uma exposição a materiais tóxicos de 100 cigarros. O problemático
uso recreativo do cigarro apareceu também em outro estudo, feito neste ano na
Universidade do Estado de Ohio, nos EUA. Fumar aos fins de semana, por exemplo,
se mostrou tão nocivo à saúde quanto a dependência diária. Ou seja: aquela
história de fumar “apenas socialmente”, pelo menos para seu corpo, não cola.
(Super Interessante.)
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