Crime, ciência e drag queens: brasileira é finalista de concurso de doutorados explicados em clipes
A princípio, a
série "CSI", bailes de drag queens em Nova York na década de 1980 e
as ruas de Recife não têm muito em comum, mas, para a pernambucana Natália
Oliveira, eles têm tudo a ver.
A cientista
misturou tudo isso ao transformar sua tese de doutorado em clipe e tornar-se a
única brasileira entre os finalistas de um concurso da revista Science, uma das
mais importantes publicações da área do mundo.
Há dez anos, a
revista e a Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em
inglês) criaram a competição, chamada Dance seu PhD, para desafiar
pesquisadores a explicarem seus doutorados por meio da dança. A ideia é
divertir e informar ao mesmo tempo, criando uma ponte entre os laboratórios e o
público.
Vale qualquer
estilo, contanto que o autor participe. E é o que Natália faz no vídeo de pouco
mais de cinco minutos, produzido com a ajuda de amigos.
"Podem
estranhar e dizer que isso não é um trabalho sério, mas é bom quebrar esse
paradigma", diz a pesquisadora de 28 anos, doutora em Biologia Aplicada
que agora cursa pós-doutorado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
"Cientistas buscam resolver problemas
do mundo. Então, quanto mais gente entender e se engajar com a ciência, melhor.
Especialmente agora que a área brasileira passa por um momento difícil."
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