
É tua homilia e discurso que a possui e domina, que a cerca
e doma, e te inscreve sem alforria na memória. Tua fala é teu aboio e
serão teus murmúrios ou gritos que irão tanger os receios, as reservas e
os pudores. É tua fala que, roçando como ventania as sendas intocadas
de seus ouvidos, delimitará a extensão do prazer a que ela converterá
tua posse e as léguas do território de seu corpo e alma que tu, somente
tú, terá acesso e jurisdição. É do teu dicionário de significados que
será demarcado o tempo de tua permanência e trato.
Toda mulher é composta de missais e tato. Porque sua pele é um
pergaminho a espera dos rumores de teus lábios e mãos, e que se tatua de
tuas vontades como se fossem todas as ambições dela, como quem mimetiza
suas faltas pelos beirais do outro, e oferece suas sesmarias para
ocupação e moradia.
E, de tua dedicação em lhe desvendar as veredas inaugurais, de resvalar com a voz nos delitos do seu imaginário feminino, que se erguerão os altares de teu ofertório, se inscreverão as escrituras de tua longevidade, os indultos de tuas falhas, e os liames que impedirão teu exílio.
E tu, homem, será lei...
E, de tua dedicação em lhe desvendar as veredas inaugurais, de resvalar com a voz nos delitos do seu imaginário feminino, que se erguerão os altares de teu ofertório, se inscreverão as escrituras de tua longevidade, os indultos de tuas falhas, e os liames que impedirão teu exílio.
E tu, homem, será lei...
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