Cientistas do Reino Unido descobriram que fatores que levam ao Alzheimer são os mesmos das doenças cardiovasculares - Foto: Pexels
Cientistas do Reino Unido afirmam que é possível sim prevenir o Alzheimer, a doença que vai apagando a memória e impedindo a pessoa de fazer tarefas simples.
Eles descobriram que alguns dos fatores de risco para a doença de Alzheimer são os mesmos das doenças cardiovasculares, como doenças cardíacas e AVC (acidente vascular cerebral).
Os estudos publicados pelo Alzheimer’s Research UK, trazem uma espécie de passo a passo de práticas diárias de estilo de vida, mais saudável e equilibrado para prevenir o mal.
Dicas para evitar o Alzheimer
Para evitar a doença de Alzheimer, os pesquisadores recomendam um estilo de vida saudável, prática de exercícios regulares e sono tranquilo. Eles listaram o que julgam ser positivo para manter o cérebro saudável e equilibrado:
- Ser ativo;
- Exercitar-se regularmente;
- Evitar fumar;
- Manter dieta saudável e equilibrada;
- Controlar a hipertensão (pressão alta);
- Manter o colesterol em um nível saudável;
- Ter um peso saudável;
- Verificar a audição regularmente;
- Ingerir bebidas alcoólicas nos limites recomendados.
- Controlar a diabetes;
- Cuidar dos aspectos que levem à depressão;
- Evitar ambientes poluídos;
Dados
De acordo com dados de 2021, do Ministério da Saúde, no Brasil há aproximadamente 1,2 milhão pessoas com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano.
No mundo, o número chega a 50 milhões de pessoas, segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, os números poderão chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050, devido ao envelhecimento da população.
A doença
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, progressiva e ainda sem cura que afeta, em geral pessoas acima de 65 anos de idade, afetando a memória, a linguagem e a percepção do mundo.
É uma doença que provoca alterações no comportamento, na personalidade e no humor do paciente. É progressiva e os sintomas podem ser divididos em três “fases”.
As fases são: leve quando há falhas de memória e esquecimentos constantes; dificuldades em realizar tarefas complexas (como cuidar das finanças); moderada quando o paciente já necessita de ajuda para realizar tarefas simples, como se vestir.
A última e mais avançada quando o paciente necessita de auxílio para realizar qualquer atividade, como comer, tomar banho e cuidar da higiene.
Mulheres têm risco maior
Os estudos mostram que as mulheres têm um risco maior de desenvolver a doença de Alzheimer do que os homens. As motivações são desconhecidas por enquanto, mas suspeitam-se que vivam mais tempo em média do que os homens e das mudanças nos níveis de estrogênio ao longo da vida de uma mulher.
Para outros tipos de demência além da doença de Alzheimer, homens e mulheres correm o mesmo risco.
Os cientistas buscam compreender qual o papel dos genes no desenvolvimento da demência.
No caso do Alzheimer sabe-se que que não ocorre em famílias, apenas em casos raros de doença são herdados ou familiares, representando dois a cinco por cento de todos os casos.
Os cientistas descobriram mais de 20 genes que podem aumentar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Três desses genes causam diretamente a doença de Alzheimer: PSEN1 , PSEN2 e APP.
Se uma pessoa tiver uma alteração em qualquer um desses genes, pode desenvolver a doença de Alzheimer familiar, geralmente antes dos 65 anos. Se um dos pais tiver algum desses genes defeituosos, seus filhos terão 50% de chance de herdar a doença.
Os outros genes associados à doença de Alzheimer aumentam o risco, mas não garantem que se desenvolva.
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