UMA DAS CAUSAS da violência é a desigualdade social. Quanto mais desigual uma sociedade, maior é a violência que nela impera. Sendo o Brasil um dos países mais desiguais do mundo, a consequência é que seja um dos mais violentos. Milhares de pessoas são mortas por ano, principalmente, negros, mulheres e jovens. No Brasil, mata-se, de forma violenta, quatro mulheres por dia.
A FOME é, também, uma
grande forma de violência. No mundo, a cada sete segundos, morre uma criança de
fome. No entanto, a violência é mais profunda do que os efeitos da desigualdade
social e da fome. Ela está ligada ao ódio, à vingança, à cobiça, à corrupção,
ao dinheiro, ao tráfico de drogas e armas, à disputa pelo poder, a filmes,
novelas e seriados violentos que ensinam a roubar, matar e agredir.
COMO SUPERAR tanta violência?
O modo mais eficaz para superar a violência é a formação para o respeito à vida
humana, presente de Deus. É necessário priorizar a educação de crianças e
jovens para uma cultura de paz. É preciso superar a lei do “olho por olho e
dente por dente”. E, caminhar na direção indicada por Jesus, que afirma: “Vós
sois todos irmãos” (Mt.23,8), “Amai vossos inimigos, e orai pelos que vos
perseguem” (Mt.5,44).
ALÉM DISSO, é necessário buscar a justiça, jamais a
vingança. Aceitar que o outro também erre. Aprender a pedir perdão. Evitar
discutir assuntos que incitam agressão. Dirigir com responsabilidade. Controlar
o próprio temperamento. Priorizar o diálogo. Discordar com respeito e caridade.
Nunca alimentar a ira e o ódio. Podemos ser adversários, nunca inimigos. Não
fazer ao outro aquilo que não gostaria que fizesse a você.
O PROFETA Isaías adverte:
“A verdadeira paz é obra da justiça” (Is. 32,17). Portanto, a paz passa pelo
direito à vida, à terra, à saúde, ao emprego, à educação e a moradia. E tudo
isso dentro de uma cultura do diálogo, do perdão e da consciência do valor do
ser humano. Jesus nos diz: “Felizes os que promovem a paz porque serão chamados
filhos de Deus”. (Mt. 5,9). “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz” (Jo.
14, 27).
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