Crendices e superstições
Mais cedo ou mais tarde (às vezes nunca) as pessoas se perguntam: “Quem sou”? “De onde eu vim”? Para onde vou”? “Qual o propósito da minha existência”? Para esta última pergunta eu nunca encontrei uma explicação convincente. Porém, por tudo que já vi, li e vivenciei, tenho certeza de que a existência de tudo tem um propósito, e nada acontece por acaso. Seja lá quem ou o que que tenha criado o universo não o teria feito sem um propósito. Do nosso ponto de vista, vivendo neste minúsculo cisco planetário solto na amplidão do universo é difícil termos uma noção aproximada das respostas que procuramos. Assim, nos tornamos presas fáceis para os primeiros espertalhões que aparecerem. Sem dispor de qualquer base científica, sem qualquer estudo sério, sem informação alguma, os exploradores da inocência alheia foram criando respostas absurdas para as perguntas que seus semelhantes buscam tão desesperadamente; E aí tome-lhe Adão e Eva, Arca de Noé, Dilúvio, Torre de Babel e coisas do gênero. E percebendo a facilidade com que enganavam as pessoas, e para evitar que elas tomassem as rédeas das suas consciências, incutiram nelas o medo, inventaram a figura do demônio e o fogo do Inferno.
Então?
Você ainda acha que o criador dessa imensidão o fez sem um propósito? Acredita
que ele também só colocou vida nesta pequena poeira cósmica onde habitamos? Você já ouviu
aquela conversa de que “a casa do meu pai tem muitas moradas”? Pois é. Não
estamos sós no universo e tudo e todos que nele existem, existem com um
propósito específico. Mantenha sua mente aberta e não acredite em tudo que ouve
ou lê. Use sua consciência crítica, utilize todas as informações que tiver e
tire suas próprias conclusões. Em suma. Seja você mesmo. Assuma a
responsabilidade sobre os seus erros e acertos sem medo de arcar com as
consequências. Qualquer coisa é melhor do que ser um papagaio repetindo o que
outros disseram, obedecendo a tudo que mandam você fazer, acreditando, por
acreditar, no que os outros acreditam. Você é um ser único, singular, e não
parte de uma multidão emburrecida pela falta de Consciência Crítica. Você não é
“todo mundo”, então, não faça o que “todo mundo faz”. Você é você. Aja então
como você mesmo.
NE: Publicada no livro Soltando as Amarras (2015)
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