Avi Loeb é famoso por ser um físico polêmico (REPRODUÇÃO/TWITTER/@COSMOS_HP)
O físico
e astrônomo americano-israelense Avi Loeb afirma que conseguiu recuperar
fragmentos de uma nave extraterrestre vinda de fora do Sistema Solar. Com a
identificação desses pedaços, o cientista anunciou que seriam os primeiros
resquícios de material alienígena encontrados na Terra.
Polêmico, o professor de Universidade Harvard afirma que encontrou pequenas bolinhas metálicas, retiradas de um meteorito caído na Papua-Nova Guiné, que possuem uma composiçao diferente de tudo o que existe em nosso planeta.
Ele conta que o asteroide era uma nave espacial de
outra civilização. No entanto, mesmo com o apoio de alguns pares, o astrônomo
foi muito criticado e constestado no meio acadêmico.
O cientista planetário Humberto Campins diz
acreditar que a composição elementar mostra que o material é um fragmento de um
exoplaneta distante ou de um asteroide interestelar. Loeb reconhece que
essa é a explicação mais provável, mas não descarta a ideia de que isso possa
provar a existência de inteligência superior.
“O oceano está repleto de esférulas, algumas
naturais e outras artificiais, vindas de detritos de satélites, material
industrial levado pelo vento ou mesmo testes nucleares. Você pode encontrar
todos os tipos de partículas estranhas nas profundezas", afirmou o doutor
Matthew Genge ao diário britânico Daily Mail.
No entanto, ele diz que não é possível rejeitar
totalmente as teorias e ideias de Loeb, já que os resultados de seus estudos
não foram comprovados e postados ainda. Além disso, Genge confessa esperar
estar errado e que realmente os extraterrestres estejam entre nós.
Opinião contrária
O doutor Peter Brown, astrônomo da Universidade de
Western Ontario, também foi contra as afirmações de Loeb. Ele afirma que é
quase impossível algo que entrou na atmosfera a mais de 160 mil km/h ter
"sobrevivido" ao impacto.
Ele também vai contra o teoria de o objeto ser de
fora do Sistema Solar e sugere que essa conclusão foi tirada da velocidade com
que o Meteoro Interestelar 1 (IM1) colidiu com a atmosfera da Terra, o que não
é o suficiente.
O asteroide em questão foi identificado pela Nasa
em 2014, e Avi Loeb reuniu uma equipe, financiada
pelo empresário Charles Hoskinson, para encontrar os destroços do
meteorito no oceano Pacífico.
A missão, que custou cerca de US$ 1,5 milhão (cerca
de R$ 7,5 milhões), consistia em arrastar um ímã poderoso pelo fundo do mar na
esperança de encontrar algo. Felizmente, mais de 700 bolinhas metálicas foram
encontradas, segundo o relatório do grupo.
Loeb afirma que a composição das bolas não é
encontrada em nenhum lugar da Terra, Lua ou Marte, pois o Sol não deixa isso
acontecer, então precisou vir de fora da órbita solar.
A descoberta ainda não foi aprovada por outros
cientistas da comunidade, já que muitos se recusam a se envolver no
trabalho do polêmico professor de Harvard.
"As pessoas estão cansadas de ouvir sobre as
afirmações malucas de Avi Loeb. Está poluindo a boa ciência, confundindo a boa
ciência que fazemos com esse sensacionalismo ridículo e sugando todo o oxigênio
da sala", disse Steve Desch, astrofísico da Universidade Estadual do
Arizona, ao New York Times.
O astrofísico Steven Tingay, da Universidade
Curtin, disse que é preciso ter calma com o trabalho do companheiro, pois ele
precisará ser apresentado, testado, revisto, e só então a comunidade
científica chegará a uma opinião maioritária sobre as alegações.
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