O GRANDE perigo de hoje é ver crianças, adolescentes e jovens navegando na internet, sendo “sequestrados”, intelectualmente, pelas mídias e, particularmente, pelas redes sociais. Quando navegamos, somos bombardeados por um fluxo de estímulos e informações que sugerem, e até mesmo, ditam comportamentos morais e sociais. Nem todos conseguem realizar um juízo crítico e estabelecer uma hierarquia de valores.
LER é percorrer períodos da História, viajar pelo mundo, entrar em contato com culturas diferentes e dar asas a imaginação, sem sair de casa. Basta abrir um livro! O primeiro resultado da leitura é o conhecimento, seja geral ou específico. Quem lê é levado a muitos lugares, onde não poderia ir, “com as próprias pernas”. A leitura é tão decisiva que os regimes ditatoriais proíbem livros, queimam revistas e censuram jornais.
NINGUÉM nasce leitor ou leitora. O aprendizado da leitura é um longo processo de contato com livros, jornais, revistas... Ler nunca é uma atividade meramente passiva porque, durante a leitura, a pessoa se envolve com personagens, histórias, lugares, ideias e crenças. E, também, não é uma via de mão única, pois promove o diálogo com o escritor. Quem lê fala e escreve melhor, desenvolve o pensamento crítico e forma ideias próprias acerca dos fatos.
LER DEVE ser um prazer! Hoje, se lê pouco, porque é mais fácil ficar navegando nas redes sociais. Mas, se queremos que os filhos e os alunos leiam, os pais e professores devem ter o hábito da leitura. Portanto, a leitura deve ser incentivada na família e na escola. Nunca se esqueça de ter ao seu lado um bom livro. Ele é um amigo que orienta, encoraja e conduz pelos caminhos da realização pessoal, familiar, profissional e religiosa. É bom lembrar que ver e ouvir o que aparece nas mídias sociais, não equivale a ler e, muito menos, a escrever. É preciso ler sempre!
NESTA semana, milhares de livros estão disponíveis na Feira do Livro. Assim, como vamos às feiras livres comprar frutas, verduras, hortaliças e outros produtos, busquemos livros, na Praça Padre Ovídio, em Feira de Santana, pois, “Bendito aquele que semeia livros, a mão cheia, e manda o povo pensar” (Castro Alves). E, “Um país se faz com homens e livros” (Monteiro Lobato).
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
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