Amor Verdadeiro
Chegou a Primavera, a “Estação do Amor”. A natureza se veste em flores e cores como que para saudar os casais que se formam ou que se renovam no amor. Mas, hoje em dia o amor anda meio fora de moda. Fala-se do romantismo como se fosse um tipo menor de amor, mesclado de infantilidades, de falta de bom senso, de fuga da realidade.
Eu, como não tenho nada a ver com modismos, me considero uma pessoa romântica, remanescente de uma época que já passou. Eu não reconheço amor sem muito carinho, muita ternura, confidências ao pé do ouvido, cumplicidade, respeito, troca de olhares sinceros da alma, simbolismos, beleza, delicadeza, muita amizade e tudo isto dentro de uma confidencialidade onde só os dois cabem.
O amor verdadeiro nos conecta com a criança que nos habita e que nos tempos atuais da racionalidade, da busca desarvorada de um supérfluo que nos custa caro demais, está esquecida, chorando e pedindo pra ser ouvida, pelo menos quando estamos mais distanciados de todo este barulho e deste movimento excessivo, que nem cabe no tempo.
O amor que ama faz surpresas, sonha com letras de
músicas, reconhece perfumes, busca se expressar em pequenos presentes, em
toques cheios de carinho e de muita sensualidade também, nascidos de um desejo
profundo que se extravasa, por não caber todo no coração. É tão bom sentir no
olhar do outro a verdade de um sentimento que nada pede além da necessidade de
ser revelado. É tão delicioso tocar alguém fora do momento de fazer amor,
apenas pra lhe lembrar do quanto é amado.
Receber de surpresa um telefonema no meio da noite,
que nos acorda apenas para enviar um beijo e desejar uma noite de bons sonhos.
Dar presentes sem valor material, mas cheios de pequenos detalhes que relembram
momentos gostosos vividos e que assim se perpetuam.
Devo confessar que este texto é permeado de
palavras de outro autor. Mas, como disse o poeta: Qualquer maneira de amor vale
a pena, qualquer maneira de amor vale amar. Qualquer maneira de amor valerá.
Pois é! Como Roberto Carlos, eu também sou um amante à moda antiga, do tipo que
ainda manda flores. E apesar do velho tênis e da calça desbotada, ainda chamo
de querida a minha eterna namorada (alô Maura Sérgia).
Um abraço a todos aqueles que amam de verdade!
(setembro de 2011)
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