Mas se as previsões de Aubrey de Grey estiverem certas, a primeira pessoa a comemorar seu aniversário de 150 anos já nasceu. E a primeira pessoa a viver até os mil anos pode demorar menos de 20 anos para nascer.
Biomédico gerontologista e cientista-chefe de uma fundação dedicada a pesquisas da longevidade, De Grey calcula que, ainda durante a sua vida, os médicos poderão ter à mão todas as ferramentas necessárias para “curar” o envelhecimento, extirpando as doenças decorrentes da idade e prolongando a vida indefinidamente.
E aí me vem à mente uma frase dita por um amigo há mais de 40 anos: “A coisa que mais desejo aos meus inimigos é que vivam eternamente”. Há muito que se refletir nesta sentença. Considerando-se que ela foi proferida numa época em que um ser humano de 40 anos já era considerado velho, viver eternamente seria um castigo terrível.
A literatura está repleta de obras que tratam da velhice e da eterna juventude. “O Retrato de Dorian Gray” é uma delas. No cinema temos “O Homem Bicentenário”. Há ainda a fábula do sujeito que dormiu por mais de 20 anos, e quando acordou tudo estava mudado e ele se sentia deslocado e só. O ser humano povoa sua mente com sonhos de vida eterna, de eterna juventude, e se esquece de viver o dia de hoje, vivenciando cada momento da sua existência, conforme Jesus ensinou.
Outros, entretanto, por força do destino ou por vontade própria, queimam etapas de suas vidas, passando pela infância e juventude sem perceber, e quando dão conta de si já estão velhos demais para viver do jeito que gostariam. Vivendo 10, 100 ou 1.000 anos, me parece que o homem será sempre o mesmo. Sempre vai se preocupar mais com fantasias do que com a realidade da sua existência.
Antigamente, a perspectiva de vida do ser humano era de 60 anos e
m média. Hoje, já é de 80, e agora se abre esta nova perspectiva. Queira Deus que eu esteja errado e que as pessoas possam fazer bom uso dessa enorme sobrevida que a ciência poderá lhes dar. De minha parte, aos 57 anos, vivi (e ainda vivo) minha vida bem vivida, ocupando-me apenas do dia de hoje. Sem medo de viver, sem medo de morrer, sem medo de ser feliz. É o que desejo a todos os meus amigos. E desafetos também.
m média. Hoje, já é de 80, e agora se abre esta nova perspectiva. Queira Deus que eu esteja errado e que as pessoas possam fazer bom uso dessa enorme sobrevida que a ciência poderá lhes dar. De minha parte, aos 57 anos, vivi (e ainda vivo) minha vida bem vivida, ocupando-me apenas do dia de hoje. Sem medo de viver, sem medo de morrer, sem medo de ser feliz. É o que desejo a todos os meus amigos. E desafetos também.
E deixo um conselho: “Nunca tome atalhos em sua vida. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem lhe custar a vida”.
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