
O surgimento da data se deu na década de 60, através de João Peregrino Júnior e Jorge Amado, quando realizaram o I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores, a que os dois eram presidente e vice-presidente, respectivamente.
Mas, de alguns anos para cá, as dificuldades dos escritores tem sido muito grandes, principalmente no que diz respeito à publicação de suas obras. Despreocupados com a qualidade dos textos, mas com a quantidade de vendas dos produtos, muitos editores lançam volumes que garantem retorno econômico à empresa. Outro fator que causa prejuízos aos autores é a publicação, na íntegra, de obras nos meios de comunicação virtual, sem considerar os respectivos direitos autorais.
Devido ao mundo virtual, jovens e crianças perdem o contato com os livros, passando grande tempo na frente do computador ou da televisão. Como o acesso ao mundo letrado tem diminuído consideravelmente, também caíram as vendas dos artigos literários.
Ler é importante para o desenvolvimento do raciocínio, para desenvolver o aspecto crítico do leitor, criando novas opiniões e estimulando sua criatividade. Quando lemos, nos reportamos para outros lugares, como se estivéssemos viajando no tempo e no espaço.
Uma pesquisa realizada em 2001 comprovou que cerca de 61% dos adultos alfabetizados do país mantém pouco contato com livros, enquanto que a camada mais baixa da população, cerca de seis milhões e meio de pessoas, alegam não ter condições de adquirir livros.
Escritores de Feira
Mais próximos do nosso convívio temos Eduardo Kruschewsky; Franklin Machado; Herivelton Figuerêdo; Juraci Dórea; Sandro Penelú; Roberval Pereyr; Luiz Almeida; Osvaldo Ventura de Cerqueira; Outran Borges e Cristóvam Aguiar.
Temos também muitas mulheres feirenses como Edite Mendes da Gama e Abreu, a primeira mulher a adentrar na Academia de Letras da Bahia; Anne Cerqueira; Ana Maria Pires; Helena Conserva; Marinaide; Neide Sampaio e Lélia Victor, dentre outras.
Como não podemos homenagear todos, até porque não temos espaço para tanto, vamos publicar um poema, inédito, de Cristóvam Aguiar, embora ele se intitule apenas um contador de 'causos'. A final tenho que puxar a brasa para minha sardinha. (Maura Sérgia)
Um dia eu vi o teu verdadeiro rosto
Era uma coisa feia, maligna, assustadora.
Mas como todo apaixonado, fiz de conta que não vi
O que realmente vi.
Acreditei no poder do amor para matar aquele monstro.
Acreditei no poder do teu amor, para vencer o mal.
Nosso amor faria coisas incríveis.
Juntos, seríamos invencíveis.
Ledo engano o meu.
Tu tinhas o meu amor, mas eu não tinha o teu.
O rosto maligno prevaleceu
E o bicho feio venceu.
Juntei os cacos do meu coração e parti.
Raiva? Ódio? Desespero? Nada disso senti.
Meu amor se transformou em dó e desprezo.
E até nojo senti de ti.
(25/05/2011)
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