terça-feira, 9 de abril de 2013

Morrer não é pra qualquer um não



            Tem coisas que Sigmund Freud não consegue explicar, mas o espiritismo sim.
João Pé de Feijão era o nome carinhoso que algumas crianças colocaram nesse amigo. João era pedreiro, pintor, eletricista.
            Contam os vizinhos do bairro que, certo dia, João saiu em sua bicicleta para fazer uns exames médicos e fez uma coisa que deixou todo mundo preocupado. Demorou de voltar para sua casinha de uma porta e janela.
            O sol estava a pino e como João era chegado a uma cervejinha, parou num barzinho e pediu a tal “loira gelada”. A cerveja descia tão maneira que João nem se lembrava mais de ir ao médico. Era como uma gostosa irresponsabilidade tivesse se apossado de sua mente. Devia ser o calor, pensou ele.
            Como o mundo é pequeno. Bem ao seu lado estava o “Compadre Zeca”. Aí o sabor da cervejinha foi redobrado.
            - Cumpade Zeca, há quanto tempo. Por onde você andava home?
            - Eu tava trabaiando por aqui. Eu até queria ir lá vê vocês, mas acontecia uhas coisas istranhas e eu nunca conseguia.
            - Eu nem te conto, gente não presta. Não é que espalharam um boato que tu tinha morrido!
            A prosa continuou e agora foi a vez do Compadre Zeca pedir mais uma. Tinha mais gente no barzinho e também umas tais “novinhas” que faziam, de vez em quando, João e compadre Zeca passarem uns “rabos de zói”, como diziam eles.
            - Pois é Cumpade, essa raça não presta mesmo. Oi pra mim, eu tenho cara de quem ta morto? Tudo aqui, sapato, relógio, boné é originá, legítimo.
            Os dois conversaram, riram bastante e Compadre Zeca confidenciou que não estava muito bem da cabeça. Às vezes, ele se lembrava de algumas coisas, mas logo seus pensamentos iam sumindo, sumindo como fumaça.
            Os dois amigos combinaram ir ao médico juntos e, por ironia do destino, os dois começaram a trabalhar na mesma obra, ambos, eram pedreiros.
            O médico não constatou nada de errado, mas achou que podia ser “encosto”. Aconselhou os dois irem num centro espírita que ficava bem ao lado do seu consultório. O compadre Zeca, muito cismado com esse negócio de encosto, nem questionou. No centro espírita descobriram a causa da doença. A tal doença era algo que nenhum médico podia fazer nada. Os dois não sabiam que tinham desencarnado. O compadre Zeca foi há mais de um ano, numa cidade distante, e João num acidente repentino quando ia com sua bicicleta fazer uns exames médicos.
            Essa história mostra que o espiritismo é mais do que alguém pode imaginar. É um pronto socorro psicoespiritual que presta ajuda a qualquer um encarnado ou desencarnado.
Nenhum líder religioso e nem mesmo os espíritas, estão livres de histórias iguais a esta. Existem casos de presidentes de Centros Espíritas que desencarnaram e só ficaram sabendo muito tempo depois. Pesquisando é mais fácil entender isso.
E aí, você está preparado?

Conrado Dantas

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