Tem
coisas que Sigmund Freud não consegue explicar, mas o espiritismo sim.
João Pé de Feijão era o nome carinhoso que algumas
crianças colocaram nesse amigo. João era pedreiro, pintor, eletricista.
Contam
os vizinhos do bairro que, certo dia, João saiu em sua bicicleta para fazer uns
exames médicos e fez uma coisa que deixou todo mundo preocupado. Demorou de
voltar para sua casinha de uma porta e janela.
O sol
estava a pino e como João era chegado a uma cervejinha, parou num barzinho e
pediu a tal “loira gelada”. A cerveja descia tão maneira que João nem se
lembrava mais de ir ao médico. Era como uma gostosa irresponsabilidade tivesse se
apossado de sua mente. Devia ser o calor, pensou ele.
Como o
mundo é pequeno. Bem ao seu lado estava o “Compadre Zeca”. Aí o sabor da
cervejinha foi redobrado.
- Cumpade
Zeca, há quanto tempo. Por onde você andava home?
- Eu
tava trabaiando por aqui. Eu até queria ir lá vê vocês, mas acontecia uhas
coisas istranhas e eu nunca conseguia.
- Eu nem
te conto, gente não presta. Não é que espalharam um boato que tu tinha morrido!
A prosa continuou
e agora foi a vez do Compadre Zeca pedir mais uma. Tinha mais gente no barzinho
e também umas tais “novinhas” que faziam, de vez em quando, João e compadre
Zeca passarem uns “rabos de zói”, como diziam eles.
- Pois é
Cumpade, essa raça não presta mesmo. Oi pra mim, eu tenho cara de quem ta
morto? Tudo aqui, sapato, relógio, boné é originá, legítimo.
Os dois
conversaram, riram bastante e Compadre Zeca confidenciou que não estava muito
bem da cabeça. Às vezes, ele se lembrava de algumas coisas, mas logo seus
pensamentos iam sumindo, sumindo como fumaça.
Os dois
amigos combinaram ir ao médico juntos e, por ironia do destino, os dois
começaram a trabalhar na mesma obra, ambos, eram pedreiros.
O médico
não constatou nada de errado, mas achou que podia ser “encosto”. Aconselhou os
dois irem num centro espírita que ficava bem ao lado do seu consultório. O
compadre Zeca, muito cismado com esse negócio de encosto, nem questionou. No
centro espírita descobriram a causa da doença. A tal doença era algo que nenhum
médico podia fazer nada. Os dois não sabiam que tinham desencarnado. O compadre
Zeca foi há mais de um ano, numa cidade distante, e João num acidente repentino
quando ia com sua bicicleta fazer uns exames médicos.
Essa
história mostra que o espiritismo é mais do que alguém pode imaginar. É um
pronto socorro psicoespiritual que presta ajuda a qualquer um encarnado ou
desencarnado.
Nenhum líder religioso e nem mesmo os espíritas, estão
livres de histórias iguais a esta. Existem casos de presidentes de Centros Espíritas
que desencarnaram e só ficaram sabendo muito tempo depois. Pesquisando é mais
fácil entender isso.
E aí, você está preparado?
Conrado Dantas
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