Esse é o retrato do Brasil. Um
país onde analfabetos ignorantes podem votar e ser votados, e a elite
intelectual e pensante se mantém afastada da política, os ricos fazem o que
querem, os pobres sofrem e se contentam com migalhas, e a classe média, como
sempre, tem horror a pobre e busca alucinadamente fama, riqueza e poder, custe
o que custar. O cenário perfeito para o jogo perverso da demagogia e do
populismo perpetrado por políticos, bandidos de cartola.
Nesse jogo, os imbecis, ignorantes,
são manipulados e levados à mais extrema miséria, os piores sofrimentos, de
forma que, quando alguém aparecer a lhe oferecer alguma migalha, fiquem muito
felizes e gratos, e os tenham na conta de grandes benfeitores samaritanos. Não
percebendo, coitados, que foram justamente aqueles que lhes tiraram tudo a que
tinham direito e os jogaram na extrema miséria.
Temos agora a questão da
estiagem prolongada no Nordeste, um fenômeno natural cíclico, conhecido desde
os tempos de Cabral. Todos sabem o que fazer para evitar sofrimento quando o
fenômeno acontece, mas é quando ele se manifesta que aparecem os salvadores da
pátria a distribuir carros pipa e cestas básicas, prometendo obras imediatas
para que o sofrimento não se repita. O mesmo se dá nas regiões Sudeste e Centro
Oeste, onde as enchentes arrasam cidades, matam milhares de pessoas e destroem
as plantações.
É a classe política a
principal responsável pela escorchante carga tributária que faz com que os
cidadãos trabalhem quatro meses do ano apenas para pagar impostos que deveriam
retornar aos cidadãos em forma de obras e serviços, mas não é o que acontece. E
num afã demagógico jogam nas costas dos empreendedores, além dos impostos,
encargos sociais que desestimulam o emprego.
É o que ocorre agora com as empregadas
domésticas. A maioria, que já foi muito explorada por maus patrões, vibra com
os novos direitos empregatícios adquiridos, sem perceber que vão gerar
desemprego para elas e jogá-las mais ainda à margem da sociedade. Terão que
trabalhar muito mais e sem direito algum, se quiserem sobreviver.
Mas para isso os
governantes contam com o programa Bolsa
Família, que paga uma merreca para que os preguiçosos sobrevivam sem trabalhar
e, felizes da vida, com futebol e cachaça o ano inteiro, possam esperar pelo
dia de votar em seus benfeitores.
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