sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Intolerância. O grande mal desse século.


   Ouço notícias e comentários sobre uma novela da rede globo cujo final foi digno de um romance hollywoodiano com direito a beijo romântico com close de tela inteira. Só que no caso o par romântico era formado por dois homens e já há notícias que a novela que substituiu essa deverá terminar do mesmo modo só que com par romântico formado por duas mulheres. O que não é nenhuma novidade, pois o beijo gay feminino já aconteceu numa novela do SBT e no programa BBB da própria globo.
          Reafirmo que não tenho contra gays tenho muitos amigos entre eles, mas, apenas não concordo com a apologia que se faz as uniões homoafetivas. Discordo também de que possam adotar crianças. Mas, isso é apenas uma opinião minha, e com certeza haverá quem discorde. Porém, isso não me torna inimigo de quem não pensa como eu. Aprendi desde cedo a conviver bem com os diferentes e as diferenças. Ressalvo apenas que não gosto de ser assediado por quem quer que seja para me convencer de mudar de opinião. É um direito meu e dele não abro mão.

         A intolerância para com os diferentes e as diferenças está se configurando como grande mal desse início de século. Vejam o caso dos estádios de futebol. Se eu torço pelo Bahia e alguém torce pelo Vitoria, por que não podemos ser amigos? Afinal, o esporte é apenas um meio de entretenimento. Se não houvessem torcedores não haveria emoção nos estádios. Mas, essas emoções devem se limitar ao campo das brincadeiras e gozações entre vencedores e perdedores. Lembrando que, no jogo, um dia se perde e noutro se ganha. Se apenas uma equipe fosse sempre vencedora que graça haveria nisso? Mas, hoje em dia, as famílias e as pessoas de bem afastaram-se dos estádios porque a intolerância entre torcedores (bandidos) tem causado pancadaria e mortes, tornando o ambiente improprio para crianças, mulheres, idosos e homens de bem.

         Na Irlanda protestantes e católicos vivem se matando, e olhem que são duas correntes cristãs. No Oriente Xiitas, Sunitas e outras correntes do Islamismo também vivem se engalfiando em nome Alá. Aqui no Brasil ainda não chegamos as vias de fato. Mas, católicos, protestantes e evangélicos em geral, todas correntes cristãs, vivem trocando farpas. Os evangélicos, inclusive, propagam que somente eles serão salvos por Jesus, e que todos os demais seres humanos queimarão no fogo do inferno. Realmente não consigo entender essa intolerância.

         Somos todos neste planeta Terra seres humanos filhos do mesmo criador. Não consigo conceber um pai que salve um filho e deixe o outro se perder sem tentar também salva-lo. Não consigo conceber um irmão que sinta ódio pelo outro, pelo simples fato de que tenham opiniões diferentes sobre o mesmo assunto. As diferenças entre nós podem até ser discutidas, ou melhor ainda, conversadas civilizadamente para que um entenda os porquês da posição tomada pelo outro e vice versa. Mas, nunca devem ser motivo de desavenças e até mortes. Como disse Raul Seixas: “Se eu quero e você quer, tomar banho de chapéu, escutar Carlos Gardel ou esperar papai Noel, então vá; Faz o que tu queres, há de ser tudo da lei.

         Paz e bem a todos!


        

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