segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Minha reforma política



         
Peço licença aos mestres da ciência política para meter minha colher de pau nessa tal de reforma política tão apregoada nos últimos tempos. São dias difíceis estes que estamos vivendo, mas antes de apontar culpados, apontemos para nós mesmos. Sim, nós, cidadãos livres e de bons costumes, honestos e trabalhadores, pais de família, que permitimos que as coisas chegassem aonde chegaram. A nossa conivência, o tal do jeitinho brasileiro, a “esperteza” que não olha para frente e aponta arma para o próprio pé, que promiscui com bandidos no jogo do “vale tudo”, pois o importante é tirar o nosso da reta, se dar bem e que se danem os outros, porque “comigo não acontece nada, só com o vizinho”, os “manés”, os otários, ou como no dizer dos petralhas, os “trouxinhas”; Foi esse comportamento burro, egoísta, mesquinho e imbecil que nos trouxe até aqui.

            Não vou dizer que é um caminho sem volta, mas voltar será mais duro e penoso do que foi até agora, até pegarmos o caminho certo. Estou falando de “EDUCAÇÃO E CIVISMO”. Foi esse o caminho que perdemos quando permitimos que analfabeto e ignorante tivesse direito de votar e ser votado. Na sua eterna “esperteza” os políticos que estavam perdendo a credibilidade no seio da sociedade alfabetizada, civilizada e intelectualmente politizada, viram os votos diminuindo nas urnas e o caminho que encontraram foi abrir espaço para multidão de analfabetos e ignorantes que eles mesmos se encarregaram de criar aviltando o ensino público.
            O resultado está aí. Uma minoria alfabetizada e civilizada sendo governada por uma turma de bandidos ignorantes, analfabetos, legislando cada vez mais em causa própria, afrontando e tirando os direitos de quem trabalha, produz e pagam tributos a eles. Ficamos à procura de um “Salvador da Pátria” mesmo sabendo que só podemos contar com nós mesmos.  Não somos um povo acostumado a agir em prol da coletividade, por isso mesmo erguemos barreiras entre nós mesmos, dando oportunidade aos oportunistas (desculpem a redundância) de fomentar sentimentos separatistas na população. O Luladrão analfabeto e ignorante adora falar das “zelites” brancas, que odeia os negros e os trabalhadores, como se não fosse ele e seus antecessores os principais responsáveis por uma política que discrimina negros e pobres, e pelo desemprego de milhões de trabalhadores, por conta não apenas da crise econômica, como se quer fazer crer, mas, principalmente por falta de QUALIFICAÇÃO para o trabalho. É. Isso mesmo. Vagas sempre existiram, mas não havia mão de obra qualificada porque a formação de mão de obra foi negligenciada no Brasil que acabou com o ensino médio que formava técnicos enquanto os preparava para uma possível vaga numa universidade. E os governantes se encarregaram de espalhar a mentira de que “universidade é para todos”, como se todas as pessoas fossem por igual inteligentes, como se a natureza não fosse seletiva, nos separando em fracos e fortes, inteligentes e burros. E inventaram a farsa das cotas, que o populacho engole como privilégio e não como a discriminação que realmente é.
            Mas, chega de falar dos erros do passado, que são muitos, demandaria muito tempo e, afinal, todo mundo sabe quais são. Embora não admita. A minha Reforma Política não se resume a 10, 20 ou mil medidas contra a corrupção. Não passa pela mudança na lei eleitoral ou por mudanças nos códigos e estatutos. Nada destas besteiras que os políticos propõem quando estão “jogando para a torcida”. Queiram ou não, as Forças armadas, se não intervierem como poder moderador que é, irá se envolver a força de uma guerra civil. E essa guerra já começou, embora não esteja declarada. Mas hoje no Brasil morre mais gente pela violência das ruas do que em qualquer guerra em andamento no planeta.
            Poderiam evitar o drama, intervindo agora, declarando lei marcial e toque de recolher, eliminar os ladrões e assassinos, legalizar as drogas, e convocar uma assembleia constituinte formada por cidadão com ficha limpa, sem passagens pela polícia, para, posteriormente à sua promulgação convocar eleições gerais, dando direito de votar e ser votado apenas à população instruída e de maioridade. Chega de fascismos, chega de educação precária, discriminatória, chega de casuísmos, de brechas nas leis. Precisamos de autoridades que respeitem a população sabendo se dar ao respeito. Precisamos de Polícias fortes, bem aparelhadas e de policiais bem formados e bem treinados, com salários dignos, moradia e boa escola para seus filhos, e não morando em favelas e se promiscuindo com bandidos. Precisamos de leis claras e fortes, que realmente puna criminosos de forma exemplar para a população. Chega de paternalismo. O Estado não tem que dar nada para ninguém, a não ser infraestrutura necessária para o bem viver da comunidade, para que possa trabalhar em paz, produzir e ganhar dinheiro suficiente para suprir suas necessidades básicas e adquirir seus objetos de desejo. Precisamos de cidadãos conscientes das suas responsabilidades, dos seus direitos e dos seus deveres. Enfim, precisamos de uma reforma política transformadora, que contemple a respeitabilidade das instituições, o efetivo trabalho político/administrativo, o exercício da plena democracia e, acima de tudo o acesso ao CONHECIMENTO, EEDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA. Precisamos de ORDEM E PROGRESO.
            E quem não gostar que vá pra Cuba, pra China, pra Rússia ou para o Quinto dos Infernos.  

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