segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Tem pimenta no acarajé da sucessão baiana



O vazamento vip e esperado da delação da Odebrecht mostrou que o submundo é pluripartidário e botou pimenta na politica baiana.

A delação atingiu vários partidos e botou a esquerda na roda ao citar Lídice ( com o implacável Feia), Wagner ( Polo), o governador Rui Costa, Aleluia ( Santo), Antonio Brito ( Misericordia), Geddel ( Babel), Lucio ( Bitelo) e tantos outros. A denúncia que Wagner favoreceu um pagamento de R$260 milhões a Odebrecht é estarrecedor e a detalhamento  do dinheiro usado para financiar a campanha do governador coloca em risco o mandato.  Este doação, se confirmada, refaz todo desenho da sucessão baiana, até, porque, o vice, também já foi citado em outra ocasião. 


Esta foi apenas a primeira das delações e pela intimidade que a Odebrecht sempre teve com a politica baiana ainda vai ter muito político para rolar por debaixo da ponte.

 A política na Bahia começa a ter um novo desenho. 



O presidente em seu funeral

Temer sempre guiou o PMDB. Não o faria sem conhecer suas entranhas e sua biografia policial. Ao chamar Geddel, Moreira, Jucá e Padilha, para compor sua linha de frente, sabia o que tinha no armário. Evidente que são hábeis conhecedores od submundo do Congresso e, por isso mesmo, são capazes de construir uma base para o Presidente, mas são um material explosivo capaz de gastar qualquer capital de apoio que um líder tenha.

As acusações se sucedem: Jucá, Geddel, Jucá de novo, Padilha, Moreira. Nenhum dos auxiliares diretos do Presidente tem condições de sobrevivência e, pelo jeito, de escapar da Justiça se perderem o foro privilegiado. Esta é uma das razões- ao lado de perder seus operadores mais fiéis- que o faz insistir em mantê-los no cargo apesar do brutal desgaste.

Ao se recusar a tomar atitude de afastar os acusados- e há outros que ainda o serão- Temer dá início ao funeral de sua administração e vai ficando cada vez mais refém de outros políticos. Ao mesmo tempo, a pressão para obter resultados econômicos irá levá-lo a fazer concessões além do esperado e o círculo de pagar o preço para manter-se boiando fará com que se enfraqueça mais ainda. Com isto, os investidores, os donos do lábil capital, começam a botar as barbas de molho, afinal, está cada vez mais incerto sua chegada a 2018.

O governo Temer fica cada vez menor e a culpa é exclusivamente dele.



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