A longevidade no poder - qualquer poder-, relativiza as virtudes e
realça os defeitos. A candidatura de Marcelo Nilo pela sexta vez a
Presidência da Assembleia Legislativa da Bahia é uma destas situações. A
ausência de renovação, especialmente na política, tende a cristalizar o
exercício de sua função e a revelação de novas estratégias e funções
administrativas. Ao mesmo tempo, inibe a formação de novos líderes,
seculariza o poder do Presidente, e impede que o eleitor e contribuinte
tenha a chance de encontrar respostas que lhe sejam mais satisfatórias.
Tornou-se praxe o presidente Marcelo Nilo pedir suplementação de
verba ao governo ao final de cada ano, apesar de contar com R$490
milhões- sim, acreditem-, este ano, e já ter um reajuste definido para
R$541 milhões no ano de 2017, embora seja dificil entender como uma
Assembleia pode gastar tanto, e não se saiba com quantos assessores,
Redas, carros e vantagens contam os deputados, pois pesa sobre ela o
hábito da limitada transparência.
O fato mostra que Nilo não administra de forma austera, embora
seja um especialista em atender os sonhos e os desejos dos colegas, como
prova suas eleições.
Reeleições precisam ser objetivamente limitadas, pois, só a
alternância de poder é capaz de garantir que o poder seja exercido com
mais eficácia e melhores resultados. È uma pena que na Bahia estejamos
condenados a ter, apenas, mais do mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário