* Encantamento *
Como a beleza
está nos olhos de quem vê,
encantamento,
no coração de quem lê,
em minha
prancha,
flutuo contra
o vento,
acomodado na ‘wave’ de Tom Jobim.
Enquanto navego,
“olhos já não
podem ver”,
cada qual portanto,
agradeça à
máquina da vida
o quanto sua
imaginação
encontrará neste
marear.
“Vou te
contar”.
Escrever,
seja o que for,
é ato de
amor.
Afinal, é
“impossível ser feliz sozinho”.
Escritor e
leitor se completam.
Como, “agora
eu já sei”,
do atrito
nasce a luz,
nossas trocas
mensageiras acendem
um farol a
iluminar
“coisas que
só o coração pode entender”.
Poeta eu?
Coisíssima
nenhuma!
Gosto mesmo é
de brincar com as palavras.
Diversão
pura.
Para atentar
neurônios,
pondo-os em
clima de vida apaziguada.
Haverá, por
acaso, melhor expressão
para “tudo
que não sei contar”?
“Fundamental
é mesmo o amor”,
a verdadeira
síntese do viver desapressado.
Se poeta não
sou,
menos ainda,
um que se agiganta.
A propósito, ao
lembrar também
“das estrelas
que esquecemos de contar”,
o que de
tudo, resta?
“O resto é
mar”.
Hugo A. de Bittencourt
Carvalho,
economista, cronista, ex-diretor das fábricas de charutos Menendez &
Amerino, Suerdieck e Pimentel, vive em São Gonçalo dos Campos – BA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário