ENGODO
O governo garantiu que a alta dos
preços da gasolina e do diesel não seria repassada ao consumidor, até porque a
taxa Cidade foi reduzida para evitar isso. O Sindicombustíveis, na Bahia, no
entanto, diz que os produtos vão subir de preço, sim. É isso: o consumidor é
sempre a vítima final
Continuamos recordistas em miseráveis
Os dados são do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), em levantamento no qual traçou um constrangedor
perfil da pobreza na Bahia e sua evolução entre 2004 e 2009: cerca de 1,4
milhão de baianos ainda são considerados extremamente pobres. Apesar de o
percentual de pessoas nesta situação ter caído de 16% para 10% no período já
referido, o estado não perdeu a triste liderança em números absolutos de
pobreza extrema, pois temos 500 mil pessoas a mais que Pernambuco (926 mil),
segundo colocado no ranking da miséria nacional. Ainda de acordo com o Ipea,
nossa triste liderança é recheada por um contingente de nada menos que 76% de
população baiana “vivendo” com apenas um salário mínimo.
Ninguém em sã consciência pode negar o
óbvio: a Bahia tem marcado presença como um dos estados mais miseráveis do
País, e Salvador vem a ser a capital de menor renda no Brasil depois de
Teresina, no Piauí, outro estado tristemente célebre pela pobreza intensa.
Quem circula pelas ruas centrais de
Salvador com olhar atento, a pé (de dentro de carros com vidro fumê não
dá para ver), percebe de imediato como somos uma população majoritariamente
miserável. Pessoas vestem camisas de blocos ou camarotes carnavalescos de anos
atrás (catadas em algum lixo ou recebidas como presente depois da festa), usam
sandálias japonesas (não por moda, mas por necessidade, com o solado já furando
no dedão do pé) e tentam ganhar alguma coisa vendendo até mesmo frutas catadas
no chão, caídas de alguma árvore da rua ou terreno baldio.
E pelo visto a situação só tende a
piorar, visto que, nos últimos anos, a maior fonte de renda da capital baiana,
o turismo, vem sofrendo sucessivos e duros golpes.
No interior, nem é bom falar: a miséria
é gritante, dolorosa, na maioria das cidades e na zona rural. Triste Bahia...
O tempo e
as pessoas
De Aloísio Mercadante Oliva, na revista
Veja, edição de 4 de julho de 1984: “Com perdas salariais de 63,9%, os
professores não tiveram outra opção a não ser parar.”
Do mesmo senhor, hoje ministro da
Educação, em 23 de maio último: “A greve dos professores é precipitada. Pedimos
reconsideração porque essa greve traz prejuízos aos estudantes.” Nada a
acrescentar...
Nós, eles e
o mensalão
Ministros do Supremo tribunal Federal
iniciaram um jogo de empurra em relação ao mensalão.
Lewandowski, amigo pessoal de Lula, diz
que não aceita “pressão” no sentido de o prazo ser cumprido.
Ora, tem que haver pressão, sim. E da
sociedade. Afinal, esta novela escandalosa vem rolando há anos e os brasileiros
exigem um julgamento final. Só isso!
Frase:
“A maneira mais
segura de perpetuar a miséria é dar esmolas aos pobres, ao em vez de escolas e
empregos.”
(B. Calheiros Bomfim,
jurista brasileiro)
Quem com
ferro fere...
O novo presidente do Paraguai, Federico
Franco, lamenta que o seu país tenha sido alijado do Mercosul “sem direito de
defesa.”
Que cara de pau! E qual foi o direito
de defesa dado ao presidente deposto, Fernando Lugo? Cada uma!
Nostalgia
reveladora
Num dos meus acessos de nostalgia, lá
estava assistindo a Buzina do Chacrinha, no canal Viva, quando foi mostrado um
cartaz onde se lia: “Pelourinho, ajude a salvar”.
Décadas depois, o apelo continua mais
do que válido.
Os cavalos do
Dois de Julho
A advogada Ana Rita Tavares, diretora
da ONG Terra Verde Viva, quer proibir os cavalos no desfile do Dois de
Julho.
Será que ela vai fazer campanha
semelhante para acabar com a tortura, esta sim, sofrida por esses animais nas
grandes e chiques corridas de cavalo, como no Jóquei Clube de São Paulo?
Olha, estou cansado de pessoas que
discutem a “maldade” contra animais enquanto saboreiam filés oriundos de bois
sangrados ou frango assado, resultado de galináceos criados em jaulas e
entupidos de hormônios, para serem executados sumariamente depois.
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