quarta-feira, 27 de junho de 2012

Alex Ferraz


ENGODO
O governo garantiu que a alta dos preços da gasolina e do diesel não seria repassada ao consumidor, até porque a taxa Cidade foi reduzida para evitar isso. O Sindicombustíveis, na Bahia, no entanto, diz que os produtos vão subir de preço, sim. É isso: o consumidor é sempre a vítima final

Continuamos recordistas em miseráveis
Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em levantamento no qual traçou um constrangedor perfil da pobreza na Bahia e sua evolução entre 2004 e 2009: cerca de 1,4 milhão de baianos ainda são considerados extremamente pobres. Apesar de o percentual de pessoas nesta situação ter caído de 16% para 10% no período já referido, o estado não perdeu a triste liderança em números absolutos de pobreza extrema, pois temos 500 mil pessoas a mais que Pernambuco (926 mil), segundo colocado no ranking da miséria nacional. Ainda de acordo com o Ipea, nossa triste liderança é recheada por um contingente de nada menos que 76% de população baiana “vivendo” com apenas um salário mínimo.
Ninguém em sã consciência pode negar o óbvio: a Bahia tem marcado presença como um dos estados mais miseráveis do País, e Salvador vem a ser a capital de menor renda no Brasil depois de Teresina, no Piauí, outro estado tristemente célebre pela pobreza intensa.
Quem circula pelas ruas centrais de Salvador com olhar atento, a pé (de dentro de carros com  vidro fumê não dá para ver), percebe de imediato como somos uma população majoritariamente miserável. Pessoas vestem camisas de blocos ou camarotes carnavalescos de anos atrás (catadas em algum lixo ou recebidas como presente depois da festa), usam sandálias japonesas (não por moda, mas por necessidade, com o solado já furando no dedão do pé) e tentam ganhar alguma coisa vendendo até mesmo frutas catadas no chão, caídas de alguma árvore da rua ou terreno baldio.
E pelo visto a situação só tende a piorar, visto que, nos últimos anos, a maior fonte de renda da capital baiana, o turismo, vem sofrendo sucessivos e duros golpes.
No interior, nem é bom falar: a miséria é gritante, dolorosa, na maioria das cidades e na zona rural. Triste Bahia...

O tempo e
as pessoas
De Aloísio Mercadante Oliva, na revista Veja, edição de 4 de julho de 1984: “Com perdas salariais de 63,9%, os professores não tiveram outra opção a não ser parar.”
Do mesmo senhor, hoje ministro da Educação, em 23 de maio último: “A greve dos professores é precipitada. Pedimos reconsideração porque essa greve traz prejuízos aos estudantes.” Nada a acrescentar...

Nós, eles e
o mensalão 
Ministros do Supremo tribunal Federal iniciaram um jogo de empurra em relação ao mensalão.
Lewandowski, amigo pessoal de Lula, diz que não aceita “pressão” no sentido de o prazo ser cumprido.
Ora, tem que haver pressão, sim. E da sociedade. Afinal, esta novela escandalosa vem rolando há anos e os brasileiros exigem um julgamento final. Só isso!

Frase:
“A maneira mais segura de perpetuar a miséria é dar esmolas aos pobres, ao em vez de escolas e empregos.” 
(B. Calheiros Bomfim, jurista brasileiro)

Quem com
ferro fere...
O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, lamenta que o seu país tenha sido alijado do Mercosul “sem direito de defesa.”
Que cara de pau! E qual foi o direito de defesa dado ao presidente deposto, Fernando Lugo? Cada uma!

Nostalgia
reveladora
Num dos meus acessos de nostalgia, lá estava assistindo a Buzina do Chacrinha, no canal Viva, quando foi mostrado um cartaz onde se lia: “Pelourinho, ajude a salvar”. 
Décadas depois, o apelo continua mais do que válido.

Os cavalos do
Dois de Julho
A advogada Ana Rita Tavares, diretora da ONG Terra Verde Viva, quer proibir os cavalos no desfile do Dois de Julho. 
Será que ela vai fazer campanha semelhante para acabar com a tortura, esta sim, sofrida por esses animais nas grandes e chiques corridas de cavalo, como no Jóquei Clube de São Paulo?
Olha, estou cansado de pessoas que discutem a “maldade” contra animais enquanto saboreiam filés oriundos de bois sangrados ou frango assado, resultado de galináceos criados em jaulas e entupidos de hormônios, para serem executados sumariamente depois.





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