
Teve
político afoito que se assanhou com a possibilidade de lidar com muito dinheiro
que iria rolar no caso da realização de um plebiscito, mas os veteranos e
profissionais, paulatinamente, foram colocando ordem na casa, mostraram pra
Dilma que não é bem assim que a banda toca, e tudo está se encaminhando para
terminar em uma boa rodada de pizza.
Isso
é, pelo menos, o que eles esperam. Mas, agora digo eu: Não é bem assim que a
banda toca. As vozes das ruas não deixaram apenas o eco do sentimento nacional,
mas também provocaram mudanças na imagem do Brasil perante o mundo, e
demonstraram que o cidadão brasileiro amadureceu politicamente e seus protestos
e reivindicações não irão se calar e aceitar mais promessas e mentiras.
Por
outro lado, a manifestação armada pelos sindicatos e entidades afins, todas
alinhadas com o governo, fracassou fragorosamente, e deixou claro que os
verdadeiros cidadãos, conscientes, não aceitam mais esse modelo desgastado de
sindicalismo atrelado a partidos políticos, onde os líderes querem apenas se
locupletar e obedecem fielmente as ordens dos seus chefes políticos. O
flagrante da imprensa no pagamento a pseudo manifestantes contratados para
“engrossar” a manifestação sindical desprovida de povo, deixou isso bem claro.
Se
os protestos não surtiram efeitos imediatos na prática, algumas reações já
foram favoráveis e indicam que o povo está no caminho certo. Alguns planos
sórdidos do governo, como trazer para o país médicos (doutrinadores comunistas)
cubanos para o Brasil, já está, senão abortado, pelo menos adiado. O Movimento
Passe Livre expos a ferida da roubalheira e corrupção no transporte público. E
por aí vai. Não por acaso o presidente da Fifa, Joseph Blatter, declarou esta
semana que talvez tenha errado em escolher o Brasil como sede de uma Copa do
Mundo. E deixou um recado: “Nós não temos nada que aprender com os protestos,
mas os políticos do Brasil, sim”.
P.S. 1 – Àqueles que questionaram minha
opinião sobre os médicos brasileiros, expressada aqui na semana passada, eu
afirmo que continuo com ela, embora reconheça a absoluta precariedade para o
exercício da medicina nos rincões mais afastados dos grandes centros.
2
– Ninguém se surpreenda se vândalos patrocinados por políticos provocarem tumultos
durante a visita do Papa. Melhor os cidadãos se absterem de manifestações
naqueles dias.
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