sexta-feira, 12 de julho de 2013

Sobre “Patricinhos” e “Mauricinhas”



Numa rua atrás do Museu de Arte de São Paulo (Masp), um grupo de 80 pessoas com camisetas da União Geral dos Trabalhadores (UGT) esperava em fila a vez de preencher um papel. Tratava-se do recibo de que ganharam R$ 70 por terem participado, travestidos como militantes, das manifestações desta quinta-feira (11) na Avenida Paulista. A constatação foi da reportagem do jornal Folha de São Paulo, que presenciou a entrega do recibo, que se deu por volta das 15 horas, quando a manifestação acabou.
         Esse cenário é emblemático porque retrata com fidelidade o que foram estas “manifestações populares” realizadas na quinta-feira em todo o país. Totalmente desprovidas de espontaneidade e, principalmente, de povo, as manifestações contaram com representantes de partidos políticos e sindicalistas, além de membros de diversas agremiações, como a UNE, todos interligados politicamente e com discursos velhos e desgastados.
         Aqui em Feira de Santana, um sindicalista chegou a afirmar numa emissora de rádio que as manifestações anteriores foram organizadas por “Patricinhos”, algo assim como dizer que aquelas foram organizadas por “amadores” e estas por “profissionais”, no que ele tem toda razão. Contudo, as manifestações organizadas pelos amadores reuniram dezenas de milhares de pessoas do povo, cidadãos e cidadãs que não precisaram ser pagos ou receber qualquer tipo de benefício para ir às ruas e manifestar suas insatisfações para com os governantes e o sistema político vigente.
         Alegam também, para gáudio dos seus mentores, que não houve baderna. Claro. A baderna, a depredação e roubo de patrimônio público e privado, durante as manifestações organizadas pelos “amadores”, foi promovida por eles, os “profissionais”, infiltrados que estavam no meio das pessoas decentes. Desistam! Vocês não enganam mais. É cada vez menor o número de pessoas que acredita nas suas mentiras e encenações. E a resposta virá nas urnas. 2014 está logo ali.

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