Numa rua atrás do Museu de
Arte de São Paulo (Masp), um grupo de 80 pessoas com camisetas da União Geral
dos Trabalhadores (UGT) esperava em fila a vez de preencher um papel. Tratava-se
do recibo de que ganharam R$ 70 por terem participado, travestidos como
militantes, das manifestações desta quinta-feira (11) na Avenida Paulista. A
constatação foi da reportagem do jornal Folha de
São Paulo, que presenciou a
entrega do recibo, que se deu por volta das 15 horas, quando a manifestação
acabou.
Esse
cenário é emblemático porque retrata com fidelidade o que foram estas
“manifestações populares” realizadas na quinta-feira em todo o país. Totalmente
desprovidas de espontaneidade e, principalmente, de povo, as manifestações
contaram com representantes de partidos políticos e sindicalistas, além de
membros de diversas agremiações, como a UNE, todos interligados politicamente e
com discursos velhos e desgastados.
Aqui em
Feira de Santana, um sindicalista chegou a afirmar numa emissora de rádio que
as manifestações anteriores foram organizadas por “Patricinhos”, algo assim
como dizer que aquelas foram organizadas por “amadores” e estas por “profissionais”,
no que ele tem toda razão. Contudo, as manifestações organizadas pelos amadores
reuniram dezenas de milhares de pessoas do povo, cidadãos e cidadãs que não
precisaram ser pagos ou receber qualquer tipo de benefício para ir às ruas e
manifestar suas insatisfações para com os governantes e o sistema político
vigente.
Alegam também,
para gáudio dos seus mentores, que não houve baderna. Claro. A baderna, a
depredação e roubo de patrimônio público e privado, durante as manifestações
organizadas pelos “amadores”, foi promovida por eles, os “profissionais”,
infiltrados que estavam no meio das pessoas decentes. Desistam! Vocês não
enganam mais. É cada vez menor o número de pessoas que acredita nas suas
mentiras e encenações. E a resposta virá nas urnas. 2014 está logo ali.
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