terça-feira, 19 de agosto de 2014

Alex Ferraz

SANTO DEUS!
Pesquisadores da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, determinaram que um asteróide de um quilômetro de diâmetro, descoberto em 1950 e batizado de 1950 DA, pode se chocar com a Terra, com velocidade de mais de nove milhões de quilômetros por hora, no dia 16 de março de 2880. Nossa, estou morrendo de preocupação!

Frase: "Já não tenho tempo para lidar com mediocridades" (Rubem Alves)

Os egos, o poder, a vida e as jabuticabas
Em tempos de tragédias, egos em luta e desejo de poder, considero oportuno reproduzir aqui este texto do grande escritor Rubem Alves, que morreu no dis 19 de julho último. A dica é do meu amigo Ed Matos: "Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Tenho mais passado do que futuro.
"Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço..."
"Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte."
"Já não tenho tempo para conversas intermináveis. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturas."
"Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos quero a essência, minha alma tem pressa."
"Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora e não foge de sua mortalidade."
"Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena e para mim basta o essencial."

Carnificina rodoviária
passa batida (I)

Enquanto nos chocamos, diante da TV, com mil e poucos mortos em Gaza e coias que tais, aqui, bem debaixo do nosso nariz, nossa realidade não é muito diferente. E falamos da violência das estradas e avenidas brasileiras. Vejamos a notícia: acidentes de trânsito deixaram mais de 536 mil mortos no Brasil em dez anos, de acordo com pesquisa do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ)."

Carnificina rodoviária
passa batida (II)

De acordo com a notícias, "a principal base de dados utilizada foi a da Seguradora Líder Dpvat, responsável pelo pagamento do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat). O levantamento começa no ano de 2003, com o registro de 34,7 mil mortes no trânsito, e constata um crescimento de quase 100% até 2007, ano em que é atingido o pico de 66,8 mil mortes."

Testemunhas
em delírio?

O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro-do-ar Dilton Schuck, comentando as possíveis causas do desastre aéreo que matou Eduardo Campos e comitiva, disse que "não podemos confirmar que o avião pegou fogo ainda no ar, porque não há nenhuma evidência disso, só testemunhas leigas. As pessoas são muito sugestionáveis. A gente acha que viu algo [fogo] que não é o que a gente efetivamente viu." Ora, ora, brigadeiro, essas pessoas não saberiam distinguir um avião em chamas? Estariam, então, delirando? Ou teriam fumado o quê? É preciso ser especialista para enxergar fogo em uma aeronave próxima ao solo?

Uma receita
muito perigosa

Com todo respeito pelos farmacêuticos, mas essa ideia doida de transformar as farmácias em "centros de assistência à saúde" é, a meu ver, muito perigosa.
Um farmacêutico pode decifrar substâncias de medicamentos, indicar equivalentes etc. Mas daí a medicar, vai uma longa e cubana distância.

Como no tempo
do pau de arara

Esse acidente com caminhonete que matou quatro no interior baiano: o veículo é nitidamente de carga, com aquela carroceria aberta, de madeira, mas transportava 11 pessoas.
Sinal de que, como na segurança pública, no trânsito também tudo pode no interior. Um absurdo letal!

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