Mulheres que comem macarrão instantâneo
pelo menos duas vezes por semana correm um risco maior de desenvolver pressão
alta, glicemia e colesterol elevados, alertaram cientistas americanos.
O estudo se concentrou na análise de
dados de 10.711 adultos - mais da metade dos quais eram mulheres - na Avaliação
Nacional Coreana de Saúde e Nutrição.
Cientistas da Universidade de Harvard
descobriram um risco 68% maior de que mulheres - mas não os homens - venham a
desenvolver a chamada síndrome metabólica ao comer macarrão instantâneo mais de
duas vezes por semana.
A síndrome metabólica abrange um grupo
de condições que aumentam o risco de uma pessoa desenvolver doença cardíaca e
diabetes e inclui o acúmulo de gordura na região abdominal.
"O consumo de macarrão instantâneo
foi associado com um aumento da prevalência de síndrome metabólica nas
mulheres, independentemente de padrões dietéticos mais abrangentes",
destacou o estudo, publicado no Journal of Nutrition.
Em outras palavras, não importa se as
mulheres ingeriram uma dieta constituída predominantemente de arroz, peixe e
vegetais ou uma dieta mais pesada, baseada em carnes e comidas fritas - se elas
comeram macarrão instantâneo duas vezes por semana, corriam mais riscos de
apresentar problemas de saúde.
Não ficou claro porque a condição afeta
as mulheres e não os homens.
Uma vez que os dados se basearam em
avaliações, o cientista Frank Hu, professor de nutrição e epidemiologia em
Harvard, cogitou as possibilidades de que as mulheres tenham dado informações
mais precisas sobre suas dietas ou que elas sejam mais sensíveis aos efeitos de
carboidratos, gorduras e sais.
Então, quanto é demais quando se trata
de macarrão instantâneo?
"Uma ou duas vezes por mês não é
problema", afirmou Hu, citado pelo jornal The New York Times.
"Mas algumas vezes por semana,
realmente é", prosseguiu. (Uol)
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