O candidato do PSB à presidência da
República, Eduardo Campos, morreu na cidade de Santos (SP), na quarta-feira
passada (13), na queda de um avião que partiu do Rio de Janeiro (RJ) e seguia
para o Guarujá (SP). Havia sete pessoas na aeronave. Nenhuma sobreviveu.
Além de Eduardo, estavam no voo o assessor Pedro Valadares, o assessor de
imprensa Carlos Augusto Percol, o cinegrafista Marcelo Lira, o fotógrafo
Alexandre Severo e os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha. Segundo o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o partido tem prazo de dez dias para fazer
substituição.
Desde que foi confirmada, a morte de
Eduardo Campos foi destaque em diversos sites e jornais nacionais e internacionais
e nas redes sociais. Autoridades, políticos, apoiadores, eleitores, se manifestaram
sobre o trágico acidente aéreo que tirou a vida do ex-governador do Pernambuco
e mais seis pessoas.
A presidente
Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias pelo. Pouco antes das 16h,
foi publicado no Diário Oficial da União, em edição extra, a declaração
do luto oficial. As bandeiras do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada
foram posicionadas a meio mastro.
Em nota
oficial, ela disse que o Brasil inteiro está de luto e que o político era um
exemplo de democrata e uma grande liderança política. “Perdemos hoje um grande
brasileiro, Eduardo Campos. Perdemos um grande companheiro”, afirmou.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, também
lamentou a morte de Campos e decretou luto oficial de três dias para o Estado.
"Ele merece a mais elevada homenagem de todos os brasileiros. Eu,
pessoalmente, perco um grande amigo. Construímos laços de profundo carinho,
respeito e admiração. A nossa homenagem a esse exemplo de ser humano e homem
público", disse o governador.
Em Feira de Santana o prefeito José
Ronaldo de Carvalho também decretou luto oficial de três dias. Eduardo esteve
em Feira de Santana no dia 20 de maio deste ano, quando conheceu o Hospital
Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher) e concedeu entrevista coletiva.
Ronaldo declarou: “Convivi na política
com Eduardo. Ele foi um grande governador e era muito querido em Pernambuco,
sua terra. Estava se tornando uma liderança nacional e tinha um futuro
brilhante. Sua perda é profundamente lamentável, para o Nordeste e para o
país”, disse o prefeito de Feira de Santana, que mantinha uma relação próxima
com o ex-governador.
Marina Silva destaca parceria
A candidata à
Vice-Presidência na chapa de Eduardo Campos, Marina Silva, disse que Campos
estava empenhado na defesa dos ideais que defendeu “até os últimos segundos de
sua vida”. Emocionada, Marina se solidarizou com a família de Campos e dos
assessores e disse que “durante esses dez meses de convivência, aprendi a
respeitá-lo, admirá-lo e a confiar nas suas atitudes e em seus ideais de vida”.
Lula: “O país perde um
homem público de rara e extraordinária qualidade. Tive a alegria de contar com
sua inteligência e dedicação nos anos em que foi nosso ministro da Ciência e
Tecnologia. Ao longo de toda sua vida, Eduardo lutou para tornar o Brasil um
país mais justo e digno”.
Fernando
Henrique: “Não
há palavras que amenizem as perdas. Ainda assim, expresso minhas condolências,
meus sentimentos de tristeza e de pesar. No momento em que precisamos de
líderes jovens e competentes, perdemos um dos melhores. Sua carreira nacional
apenas se iniciava. Fosse ou não eleito, seria um líder para a renovação
política de que tanto necessitamos. É uma perda irreparável”.
Sarney: “A morte é um
fenômeno transcendental. Supera todos os sentimentos. Deus é testemunha da
minha emoção, do meu pesar e do quanto estou chocado com o falecimento de
Eduardo Campos, a quem conheci ainda jovem, despontando como um grande talento.
O Brasil perdeu uma de suas maiores esperanças políticas. Eduardo tinha um
grande futuro e vivia um grande presente. Junto-me a sua família e ao povo
brasileiro nesse sentimento de perda, e peço a Deus que nos console e nos
ampare. O Brasil, o Nordeste e Pernambuco sentem o vazio que se abre – e que
não será preenchido. É hora de invocar o símbolo que os romanos usavam: a
coluna partida, quebrada, não completa sua beleza".
Aécio Neves: “Eduardo era um
dos maiores representantes da boa política. Essa tristeza é muito maior para
aqueles que conviveram com Eduardo. E eu convivi por mais de 20 anos. E tenho
por ele uma admiração que não terminará com sua morte trágica. Convivemos muito
durante vários momentos importantes da vida nacional, fomos governadores de
estado e Eduardo fará uma falta imensa na política nacional”.
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