Um estudante foi esfaqueado e morreu em um colégio
ocupado pelo movimento estudantil do Paraná em protesto contra a PEC do Teto de
Gastos. Tivesse, este aluno, sido morto durante a desocupação de algum colégio
pela Polícia, o país, as redações, as redes sociais, explodiriam em culpar
a "direita”, as forças de repressão, o golpe, do governo Temer. Os
responsáveis morais, no entanto, da tragédia são os omissos Conselhos
Tutelares, os Sindicatos de Professores, os políticos esquerdistas, que usam os
alunos como bucha de canhão, aproveitando a euforia hormonal natural, para uso
ideológico ou para defesa corporativa.
As fotos que rodam as redes sociais, do sangue
espalhado no piso, o depoimento de quem limpou sangue em chão escolar, são o
retrato brutal, ferino, doloroso, desta irresponsabilidade de usar menores em
ocupações escolares. Expor filhos alheios a estes riscos, ao consumo e guerra
das drogas no escuro das escolas, é de uma imoralidade absoluta.
Nenhuma democracia pode se considerar real,
ou viva, se não houver debate, direito ao protesto, a livre de opinião, como é
típico das verdadeiras democracias – ao contrário de Cuba- por exemplo. É, do
mesmo modo, salutar que jovens se interessem pela política e lutem pelo país,
pois, daí nascem os líderes. Tanto os piores- como estamos vendo-, como os
melhores – como, também, vemos- e o preço se justifica, pois, pior, é não os
termos. Serem usados, no entanto, em defesa corporativa em um momento de crise,
é inaceitável. Um cadáver já é um preço alto demais
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