terça-feira, 25 de outubro de 2016

Cadáver estudantil: um preço alto demais.



Um estudante foi esfaqueado e morreu em um colégio ocupado pelo movimento estudantil do Paraná em protesto contra a PEC do Teto de Gastos. Tivesse, este aluno, sido morto durante a desocupação de algum colégio pela Polícia, o país, as redações, as redes sociais, explodiriam em culpar a "direita”, as forças de repressão, o golpe, do governo Temer. Os responsáveis morais, no entanto, da tragédia são os omissos Conselhos Tutelares, os Sindicatos de Professores, os políticos esquerdistas, que usam os alunos como bucha de canhão, aproveitando a euforia hormonal natural, para uso ideológico ou para defesa corporativa.


As fotos que rodam as redes sociais, do sangue espalhado no piso, o depoimento de quem limpou sangue em chão escolar, são o retrato brutal, ferino, doloroso, desta irresponsabilidade de usar menores em ocupações escolares. Expor filhos alheios a estes riscos, ao consumo e guerra das drogas no escuro das escolas, é de uma imoralidade absoluta.

 Nenhuma democracia pode se considerar real, ou viva, se não houver debate, direito ao protesto, a livre de opinião, como é típico das verdadeiras democracias – ao contrário de Cuba- por exemplo. É, do mesmo modo, salutar que jovens se interessem pela política e lutem pelo país, pois, daí nascem os líderes. Tanto os piores- como estamos vendo-, como os melhores – como, também, vemos- e o preço se justifica, pois, pior, é não os termos. Serem usados, no entanto, em defesa corporativa em um momento de crise, é inaceitável. Um cadáver já é um preço alto demais



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