sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Cadeia para quem merece


Estima-se que dos 700 mil presos do país algo em torno de 40% seja de presos provisórios, jogados nas condições primitivas de nossas cadeias onde não cabe mais que 360 mil. Boa parte é de presos que sequer foram condenados em primeira instância. Há processos que levam décadas sem julgamento. Enquanto isto a parcela de criminosos com dinheiro usa os infinitos recursos protelatórios para manter seus clientes fora da prisão, mesmo quando há confissão do crime, como no celebre caso de Pimenta Neves, ex editor do Estadão, que matou a namorada. 
Agora, o STF,  tomou a decisão que permite que condenados em segunda instância, sejam presos. A decisão tem efeito vinculante e embora não obrigue torna esta regra  dificil de não ser observada. A mudança coloca o Brasil no mesmo patamar do resto do mundo, pois, aqui, era um dos poucos lugares em que esta excrescência era  garantia para os criminosos. A maioria dos Ministros julgou que ela não fere a Constituição. Em verdade,  sua manutenção  seria dizer que estes  Tribunais não sabem julgar. 
A  decisão foi um tremendo avanço  no combate a impunidade dos poderosos políticos e  dos ricos. A cadeia, emfim,  ficou mais perto para quem merece e a Presidente Carmem Lúcia que deu o voto de minerva na decisão por 6x5 começou seu mandato com o pé direito. 


Exclusivo: Coordenadora do TSE garante que sistema de voto é seguro

Os candidatos a vereador a Feira de Santana, em mutirão, foram a PF pedir recontagem de votos e alguns se entusiasmaram e pediram até uma nova eleição. O que motivou esta desconfiança foi o fato que na noite de domingo a apuração em Feira ficou estacionada em torno de 33% enquanto outras cidades avançavam.
O esclarecimento sem lógica, inicial, dizendo que foi a demora do TRE de Salvador repassar para o TSE acabou contribuindo visto que outras cidades continuavam repassando normalmente. Parece ter havido problema logístico local e, ao final, todos os votos da apuração foram liberados rapidamente.
Nós conversamos, com exclusividade, com a Coordenadora de Informática, do TSE, Anna Karinne, que voltou a reafirmar que o voto é gravado no flash  criptografado e só o sistema que recebe o flash card  tem a rotina de descriptografar.  Que não existe votos flutuantes. Ela voltou a reafirmar que o sistema é  seguro.  Ela é a responsável pela criação do app " Resultados" que foi usado por muitos para acompanhar a apuração. 
A verdade é que muita gente descobriu que foi traído na boca da urna e que tapinha nas costas e promessa de voto só se sabe se foi verdadeiro no fim da apuração. E, nem sempre, é. 

Publicado no Tribuna Feirense

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