
O líder da oposição, deputado Zé Neto,
encolheu sua votação caindo de 55.337 (18,65%) votos para 46.912 (15,7%) apesar
das boas obras que o Estado tem para mostrar em Feira como o Hospital da
Criança, saneamento, 45 mil casas do Minha Casa Minha Vida, UPA do HGCA,
Avenida Noide Cerqueira, Central de Abastecimento da Embasa, Bases
Comunitárias, Complexo Policial do Sobradinho e a magnífica e maior obra da
cidade que é o Parque da Lagoa Grande. Apesar disto, não houve conversão
em votos, destas ações. O PT paga, certamente, o preço do desgaste nacional do
partido com o impeachment da Presidente Dilma e todas as acusações de corrupção
na Lava-Jato.
Jairo Carneiro fez a melhor campanha de
oposição a Ronaldo, mas entrou no jogo tarde demais, ao fim do segundo tempo, e
não poderia ter ido mais longe. Perde aqui, também, o coligado Fernando Torres,
que indicou o vice.
Jhonatas
Monteiro, com 27.503(9,21%) votos – com mínimo tempo de TV e sem verba- manteve
exatamente o mesmo número de eleitores da disputa passada quando teve 27.317
(9,21%)
Ângelo Almeida teve um desempenho abaixo
do esperado com 2763 votos (0,93%), em parte, certamente, de uma campanha de TV
muito ruim.
Leonardo
teve 283 votos (0,09%) não representando impacto algum.
A estratégia de dividir para forçar um
segundo turno deu com os burros na água. O congestionamento não
funcionou, não tirou votos de Ronaldo, nem empolgou o eleitor que poderia estar
descontente com o prefeito e sinalizou de forma clara, inequívoca,
indiscutível, que o modelo de oposição estabelecida na cidade fracassou e
precisa se reinventar ou continuará apanhando do prefeito reeleito, correndo o
risco de não ter chances nem na disputa de 2020.
Ronaldo liquida
oposição e se reelege
Contrariando as afirmações que dizem que
prefeitos em longos mandatos costumam sofrer desgaste, a fadiga do cargo,
José Ronaldo, não só venceu a eleição em Feira de Santana, como emplacou seu
maior percentual de votos entre todos os seus mandatos, com 71,1 % contra
66,04% da última eleição.
O número de votos foi de 212.408 votos
contra 195.697 da eleição passada.
Episódios
que se supunha que iam custar caro ao prefeito como o grande aumento do
IPTU, a crise que deixou a cidade dez dias sem ônibus, ou mesmo a batalha do
BRT, além das falhas na Saúde, não foram capazes de mudar a cabeça do
eleitorado feirense, há anos adaptado a regularidade da administração do DEM.
A verdade é que Ronaldo passou como um
trator sobre a oposição local , ganhou de lavada, e se tornou um eleitor
importante dentro do DEM para as eleições de 2018.
Acessibilidade ainda é um problema
eleitoral
Quando fui ao Colégio Gastão Guimarães,
votar, três pessoas desciam pelas escadas com um deficiente físico,
com dificuldade. Ele pediu ajuda, segurei em um dos braços, e,
assim, conseguimos descer todos os degraus e colocá-lo na cadeira de
rodas.
Na
era da tecnologia e da informática a Justiça Eleitoral precisa rever esta
questão de acessibilidade. Com um cadastro será fácil saber em que seções
estas pessoas estarão votando para que elas sejam instaladas em locais
com acesso mais fácil.
O cidadão não deve abrir mão do direito
de votar por condições como esta. E, nem todos, estarão dispostos a pedir
ajuda e até correrem o risco de cair ao ser carregado desta forma.
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