A cantora Gal Costa não foge ao lugar
comum: os anos passaram – a sua estreia aconteceu há mais de 50 anos,
mas a voz poderosa continua a mesma. Foi o que milhares de pessoas viram
e aplaudiram na noite de segunda-feira, 18, na Praça Padre Ovídio, na
segunda noite do Natal Encantado.
As suas interpretações são autorais.
Únicas. Estava à vontade no grande palco dividido apenas com o
violonista e guitarrista Guilherme Monteiro, no show “Espelho d’água”.
Em certo momento revelou que montou um set list adequado para
apresentação numa praça. Mas, nas entrelinhas, mostrou-se enganada
.
“Estamos numa praça pública, mas é como se estivesse em um teatro”

A interação com o público foi quase que
imediata. A partir da quinta música, “Folhetim”, cantora e espectadores
começaram a falar a mesma língua musical – as três primeiras não eram
conhecidas pela plateia. E foi assim, chamando os presentes para cantar
com ela, até o final. Em alguns momentos parecia que regia a multidão,
em grande coro.
Gal Costa cantou algumas canções
emblemáticas da sua carreira, das décadas de 70, 80 e 90. “São seguidas
pelos jovens que se voltam às décadas passadas”. São pessoas que nem
sempre a vê nos palcos. Cantou “Vaca profana”, “Negro amor” – versão de
uma música de Bob Dylan, “Tigresa”, “Baby”, “Trem das onze” – num
improviso.
“Meu nome é Gal”, quando ‘conversa’ com a
guitarra e mostra todo o seu potencial vocal, “Dia de domingo” e
“Gabriela”, foram três músicas de presente ao público, no bis.
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