 O sábado era para ter sido de rara sombra e água fresca, 
mas o imperioso convite do Secretário de Comunicação, Valdomiro Silva, 
levou-me ao Encontro com Jornalistas, um excelente evento que ele 
promove anualmente. Teria valido a pena ouvir Reni Alves falar sobre o 
hercúleo trabalho de ouvir 24 programas por dia e as preciosidades que 
têm gravadas; Agnaldo Santos com sua majestosa voz expor sobre a 
entrevista coletiva, e Dilton Coutinho, líder do programa de maior 
sucesso na cidade, fazer os alertas sobre os meios para construir 
credibilidade, mas o evento contou com uma atração extra: a estréia de 
um novo José Ronaldo, o longevo prefeito e maior líder político de 
Feira.
O sábado era para ter sido de rara sombra e água fresca, 
mas o imperioso convite do Secretário de Comunicação, Valdomiro Silva, 
levou-me ao Encontro com Jornalistas, um excelente evento que ele 
promove anualmente. Teria valido a pena ouvir Reni Alves falar sobre o 
hercúleo trabalho de ouvir 24 programas por dia e as preciosidades que 
têm gravadas; Agnaldo Santos com sua majestosa voz expor sobre a 
entrevista coletiva, e Dilton Coutinho, líder do programa de maior 
sucesso na cidade, fazer os alertas sobre os meios para construir 
credibilidade, mas o evento contou com uma atração extra: a estréia de 
um novo José Ronaldo, o longevo prefeito e maior líder político de 
Feira. 
 Diante de espantados jornalistas Ronaldo fez o mais duro 
ataque ao governador Rui Costa, em um estilo completamente diferente do 
seu habitual tom conciliatório. Afirmou que renunciaria se fosse provado
 que Wagner ajudou a obter verbas para o BRT, que Rui Costa não fez 
nenhuma obra em Feira em três anos, que não fez e não fará o Centro de 
Convenções, nem o daqui, nem o da capital, que Feira não terá o total 
dos atendimentos da Policlínica, que a Lagoa Grande é um esgoto e que o 
governo promete e nunca termina a obra, que a verba investida no 
Hospital da Criança é menor do que o anunciado e que R$ 24milhões foi 
repassado a Prefeitura de Itabuna para cooptar o prefeito de lá. 
 A verdade é que pouco importa quais eram as acusações, o 
que interessa é o tom de enfrentamento. Ronaldo aproveitou um evento com
 jornalistas para mover uma peça no xadrez sucessório já que sabe que 
sua declaração pautaria todos os veículos de imprensa e repercutiria na 
capital. Foi um discurso de candidato, de quem está se pondo na chuva 
disposto a se molhar. Político experiente, hábil, experimentado, 
Ronaldo, jamais daria esse passo se algo maior não estivesse em jogo nos
 bastidores da política baiana, que cada vez mais é abalada pela 
Lava-Jato e sobre a qual paira a ameaça de uma delação do insaciado 
Geddel Vieira Lima, aquele que guardava malas de dinheiro no lavabo da 
casa de sua mãe. 
 O tom forte de Ronaldo, ao chamar o governador para a 
briga, teve endereço certo. Não foi a toa que afirmou que até março 
muita coisa pode acontecer na política da Bahia. Há algo sendo acordado 
 e Ronaldo está buscando o lugar de protagonista. O sábado saiu melhor 
do que a encomenda. 
 
 
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