Um dispositivo
semelhante ao de um alarme de carro, que no mercado chinês custa em torno de 5
dólares. Com ele, a mulher sob medida protetiva, determinada pela Justiça,
poderá acionar as autoridades policiais a qualquer momento. Essa é a síntese da
ideia vencedora do Hackathon Feira de Santana, que reuniu mais de 60 pessoas
que atuam na programação de softwares e aplicativos para buscar soluções,
exclusivamente, para a segurança pública.
Considerado uma
maratona de mais de 30 horas de trabalho ininterrupto entre profissionais e
estudantes de tecnologia, o Hackathon, aconteceu no sábado e domingo, nas
dependências do Sesi. A iniciativa foi da Prefeitura Municipal através da
Fundação Municipal da Tecnologia da Informação, Telecomunicação e Cultura
Egberto Tavares Costa. Além do Sesi, foram parceiros da Fundação neste evento
instituições como Sebrae, Câmara dos Dirigentes Lojistas e Associação Comercial
de Feira de Santana.
A equipe Temet,
vencedora do Hackathon Feira de Santana – Segurança Pública, é de Salvador.
Seus quatro integrantes foram premiados com smrtphones. Isis Ribeiro, que faz
parte do grupo, disse que o enfrentamento à violência contra as mulheres pode
se tornar mais simples a partir do uso do dispositivo. Diferentemente de quase
todas as propostas apresentadas ao final dos trabalhos, a ideia dela e dos seus
parceiros David Mete, Wesley Ribeiro e Rafael Marcelino não utiliza um
aplicativo de smartphone. Foram necessárias cinco horas de trabalho para
desenvolvimento do protótipo.
De acordo com a
equipe, o dispositivo será monitorado via satélite por uma empresa de
comunicações através do método GSM. Diante de uma ameaça por parte do agressor,
a vítima vai acionar o equipamento de maneira simples, onde quer que esteja, e
o seu alerta vai chegar as autoridades. O sinal será identificado e a polícia
vai saber de quem se trata aquele pedido de socorro.
Município se dispõe a ajudar
Município se dispõe a ajudar
“Os resultados
foram melhores do que esperávamos, no tocante à qualidade. Iniciativas como
esta fazem Feira ser vista como cidade inovadora”, afirmou o prefeito em
exercício, Colbert Filho. Entusiasta do encontro de tecnologia, ele acompanhou
a apresentação de todas as propostas das 13 equipes participantes – cada uma
dispôs de três minutos, mais dois para responder a questionamentos do corpo de
jurados.
Em princípio,
diz o prefeito em exercício, os trabalhos apresentados “não apenas são
interessantes, sob todos os pontos de vista, mas simples e executáveis”. Caso
alguma dessas propostas possa ser colocada em prática (isto vai ser definido
após análise mais detalhada de viabilidade pelas autoridades da segurança
pública), o município se dispõe a tentar através da busca de parceiros,
recursos para viabilizar o investimento.
Melhores propostas
Melhores propostas
Agora as ideias
vencedoras do Hackathon Feira de Santana, sobre segurança pública, vão passar
por uma análise mais aprofundada, pelos dirigentes da segurança pública em
Feira de Santana. Essa avaliação vai ser determinante para se chegar a uma
conclusão quanto a sua aplicabilidade.
Os trabalhos do
foram analisados pelo professor da UEFS, Ângelo Lola, o secretário de Prevenção
à Violência, Pablo Roberto, o jornalista Glauco Wanderlei, o presidente da
Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana, Marcelo Alexandrino e
Edmundo Gomes, do Sebrae. Este grupo atribuiu notas as propostas e definiram as
vencedoras.
Prevenção contra furto e roubo de veículos
A equipe
Ragatonga, vice-campeã do Hackathon Feira de Santana sobre Segurança Pública,
propôs um aplicativo para ajudar na prevenção contra furtos e roubos de
veículos. Seus integrantes foram premiados com bicicletas. A terceira colocada,
a equipe Coders, criou um sistema para troca de informações entre os organismos
policiais. Cada membro da equipe receberá cursos gratuitos ministrados pelo
Sebrae.
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