terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Lagoa Grande é maior que disputa a seu respeito



A Lagoa Grande é o mais novo cavalo de batalha entre ronaldistas acríticos e petistas militantes, cada um atribuindo defeitos e culpas ao outro e longe da sensatez que a obra exige. De inicio é preciso reconhecer que ao longo da história a Prefeitura Municipal sempre foi omissa em relação ao Meio Ambiente - quando não, conivente -, permitindo que as lagoas fossem invadidas desordenadamente sem nada fazer para coibir o processo. Foi assim na Lagoa do Berreca, completamente destruída, entre outras, e na Lagoa Grande, já ocupada por 600 famílias que viviam em condições primitivas. O destino desta lagoa e daquela população só foi mudado pela intervenção do governo do Estado que fez uma majestosa requalificação do espaço criando um condomínio para as famílias e recuperando o espelho d’água.  Em verdade, a política da Prefeitura em relação ao Meio Ambiente só veio efetivamente mudar com a ascensão ao cargo do Secretário Sérgio Carneiro, que está executando ações reais de proteção, portanto, antes da crítica é preciso que façam sua mea culpa. 




Por outro lado os militantes petistas criticam a Prefeitura por não receber a lagoa em sua administração. Deveriam ter mais vergonha e não ficarem empurrando o problema para adiante, já que parecem incapazes de produzir a solução definitiva do local. A Prefeitura está absolutamente correta em não receber e a energia gasta pelos militantes deveria ser empregada em tornar realidade às promessas de conclusão que já somam uns anos. 



É preciso realizar o sistema de esgotamento sanitário dos bairros vizinhos para que este absurdo volume de dejetos não permaneça sendo jogado dentro da lagoa, inviabilizando sua utilização de forma plena, um crime com os recursos já empregados na intervenção. 



A lagoa é sim uma identidade visual impactante e tem um infinito potencial para se tornar uma marca de Feira; a obra é das maiores e mais importantes já realizada na cidade, por mais que se queira negar; e por mais que se utilizem adjetivos pejorativos a seu respeito- até mesmo gente que gosta da cidade verdadeiramente, o faz, dando um tiro no próprio pé feirense- não se poderá negar seu impacto visual, no lazer, na circulação do ar, na preservação de mananciais, como exemplo. 



Aliás, é sui-generis que os vereadores governistas da Câmara que acham que ali não passa de um clube de dejetos, tenham se adiantado em “homenagear” um ilustre feirense, dando seu nome ao tal ambiente do Parque. É complicado entender a coerência da escolha.



O que a Sociedade precisa, em verdade, mais do que o troca-troca de acusações, é cobrar, exigir, ação,  e menos discurso do governo do Estado, menos promessas e datas descumpridas, mais respeito ao cidadão, para que o esgotamento sanitário seja feito, a arborização, iluminação, segurança, e regulação da ocupação do entorno- afinal, é uma APA- área de proteção ambiental-, sejam concluídos, a obra passe para a Prefeitura, e então deixemos de ter um “parque potencial” para termos realmente um” parque real”, e, quem sabe, teremos uma variante do  Natal Encantado em um definitivo cartão postal urbano.




Nenhum comentário: