sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

 Alavantu é a mãe!

Tá difícil. Um semianalfabeto emprega uma palavra erroneamente, ou então a pronuncia de forma errada, e os idiotas seguem a corrente repetindo a besteira à exaustão. E quando alguém se lembra de chamar a atenção para o erro, justificam dizendo que “é um neologismo”. Isso seria empregar palavras novas, derivadas ou formadas de outras já existentes, na mesma língua ou não. Ou a atribuição de novos sentidos a palavras já existentes na língua. Mas distorcer palavras não é criar palavras novas, e é isso que tem acontecido frequentemente, em prejuízo da língua portuguesa. 

Alavantu é a mãe! I

Este assunto veio a propósito do fato que a Quadrilha Junina União de Ouro criou o projeto “Alavantu Nessa Quadrilha”. Que promove aulas de dança e outros eventos ligados aos festejos juninos. As expressões em francês usadas nas quadrilhas juninas, que têm origem nos salões das cortes francesas, são An avant tout (anavantu – Todos à frente) e An arrière (Anarriê -Todos para trás). Alavantu é coisa de quadrilheiro analfabeto ou maluco.

Chiadeira

É, no mínimo, ridícula essa “chiadeira” do ministro do STF, Edson Facchin, por um fato ocorrido há mais de três anos. Um twitter do general Villas Boas, então comandante do Exército, onde ele diz que “o Exército se mantém atento às suas missões institucionais”. O general, como a maioria da população brasileira, estava preocupado com as manobras do STF para evitar que Lula fosse condenado pelos crimes que cometeu. E só agora, Facchin vem dizer que isso é “Intolerável, inaceitável”. Por que não se manifestou à época? Por que essa “valentia” agora? Para mim, o que ele quer é tirar a atenção do povo para as “traquinagens” que os ministro do STF vem fazendo quase que diariamente para defender bandidos e atrapalhar o governo. Não “cola” não, ministros. Como diria aquele humorista: “Ó! Tô de olho no sinhô!

Chiadeira I

         Não serei eu a apoiar o que fez o deputado Daniel Silveira, que não se limitou a criticar atitudes dos ministros do STF, mas os insultou e ofendeu, isso sim, um ato antidemocrático, ao invocar o Ato Institucional nº 5, um dispositivo arcaico, que tira direitos civis e cerceia poderes legitimamente conquistados no voto popular. Mas o que fez o ministro Alexandre de Morais (mais uma vez ele), é inconcebível. É um tapa na cara de todo cidadão brasileiro que pugna pela lei, pela ordem, pela valorização das instituições democráticas. O Deputado tem que ser chamado às falas, à responsabilidade, pela mesa diretora da Câmara, e sofrer as sanções cabíveis, e não dar satisfações a “Xandinho do PCC”.

Projeção

rojeção é um mecanismo de defesa psicológico em que determinada pessoa "projeta" seus próprios pensamentos, motivações, desejos e sentimentos indesejáveis numa ou mais pessoas. Tenho visto acontecer com muitos profissionais da Imprensa nestes tempos de pandemia. Principalmente naqueles que não escondem o medo que sentem da morte. Daí que começam a determinar comportamentos, e criticar aqueles que não os seguem. Por exemplo, vi recentemente um comunicador irritado com as pessoas que se fantasiaram e simularam um Carnaval em suas próprias casas, com seus familiares ou sozinhos, numa clara demonstração de que não se deixaram se abater pela solidão e não se entregam à depressão e, quem sabe, até um possível suicídio. Artistas estão fazendo lives para animar as pessoas, seus fãs, como forma de dizer a elas que não desanimem, porque isso também passará. Tudo isso é salutar, é bom. Mas existem pessoas que se encolhem, se escondem, diante do medo, e projetam nos outros a sua covardia, e quando não obtém sucesso, ficam irritadas. Freud explica.

Daniela Mercury

         Esta sacripanta é contra Bolsonaro, e dizem até que foi ela quem criou a hashtag “Ele Não”. Mas alguém se deu ao trabalho de descobrir o CNPJ dela e verificar a movimentação financeira. Aí ficou fácil saber por que ela é contra Bolsonaro. As “retiradas” dela pela Lei Rouanet ficam sempre na casa de R$ 200, 400, 600, mil. E são muitas.

STF

         A corte continua chafurdando na lama. Agora foi a vez do ministro Roberto Barroso que devolveu o mandato do senador Chico Rodrigues, aquele que a Polícia Federal apanhou em flagrante com  dinheiro enfiado na cueca e até no reto (dinheiro muito sujo), desviado da verba destinada ao combate à pandemia.

 Imprensa

         Não é só no Brasil que a grande imprensa afunda no descrédito junto à população. Nos Estados Unidos a revista Time, outrora uma publicação de respeito, divulgou que a rebolativa Anita e o gigolô de sem-teto, Guilherme Boulos, são duas lideranças brasileiras emergentes. É mole, ou quer mais?

Dica musical

         Minha dica musical desta semana é “Quem me levará sou eu”, de Dominguinhos, com ele mesmo cantando e tocando magistralmente a sua sanfona. Quem sai da sua terra natal sempre tende a voltar. Mas o mundo é vasto, todos as estradas nos levam por todos os caminhos. Mas quem deve nos levar somos nós mesmos, e somente nós podemos ou, melhor, devemos decidir se voltaremos ou não. Sim, porque o nosso lugar é onde nos sentimos bem. Onde gostamos de estar, de trabalhar, de viver.  Amigos a gente sempre encontra, cidades, lugares onde podemos ser bem recebidos e bem tratados. Ou não. Mas quem deve nos levar somos nós mesmos. Da mesma forma que voltar. E aí, Dominguinhos (Neném, para os íntimos), assinala: Repare! A multidão precisa de alguém mais alto a lhe guiar. Mas ele não é uma multidão. É um ser único, ímpar, e dono de si. Quem colocou imagens no vídeo, nessa hora colocou uma imagem de Jesus, o grande guia espiritual dos cristãos. Estaria certo se Dominguinhos estivesse falando do mundo espiritual. Mas não está. Ele está dizendo que toda multidão é burra, e sempre se deixa guiar por alguém, mesmo sem saber exatamente para onde está indo. E como ele não é “todo mundo”, ele avisa: Quem me levará, sou eu. Quem regressará, sou eu.


Philosopher

“É melhor ser temido que amado” (Maquiavel)

         Algumas verdades não são absolutas, e essa é uma delas. Quando Maquiavel diz isso ao Príncipe, ele está dando um conselho valioso a alguém destinado a comandar exércitos e nações. E neste caso, prevalece esta verdade. Quem ocupa um lugar de comando não pode se dar ao luxo de ser “bonzinho”. É preciso estar atento a tudo que acontece à sua volta. Porque mesmo entre a sua equipe de trabalho, seus aliados e amigos, pode estar escondido o seu traidor. Sim, porque um comandado sempre aspira o posto do comandante. Alguns buscam se aprimorar no que fazem, desempenhar cada vez melhor suas funções, para no caso do líder perder o posto, ele ser a pessoa pronta e indicada a substituí-lo. Mas há aqueles que tentam apressar esse caminho, sabotando o trabalho do comandante e se apresentando sempre como “salvador da pátria”. Nestes casos, é melhor ser temido que amado. Porque ninguém tem medo de sabotar alguém de caráter conciliador, compreensivo, mas teme o durão, o que não perdoa erros e muito menos traições. Está certo o poeta que compôs os seguintes versos, aludindo a um comandante em exercício do seu poder: “Quando me encontro no calor da luta/Ostento a aguda empunhadura à proa/Mas o meu peito se desabotoa. E se a sentença se anuncia bruta/Mais que depressa a mão cega executa/Pois que senão, o coração perdoa”.

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Por hoje é só que agora eu vou ali numa viagem que só eu posso me levar e me trazer de volta. Maldosos! Vou ao banheiro.

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