A enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinho, de 53 anos, se
soma aos mais de 655 mil baianos diagnosticados com Covid-19. Ela foi a
primeira pessoa a ser vacinada contra a doença na Bahia (veja aqui), no dia 19 de janeiro, mas contraiu a doença antes de receber a segunda dose. Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Segundo a infectologista Ceuci Nunes, Angélica receberia a dose de reforço na última terça-feira (16), mas entre os dias 12 e 13 de fevereiro ela começou a sentir os sintomas do coronavírus. "Ela está bem, está usando pouco oxigênio, mas quando se movimenta fica um pouquinho desconfortável, por isso ela está sendo mantida ainda no hospital", contou a médica, em entrevista ao Jornal da Manhã desta terça-feira (23).
Ela é diretora-geral do Instituto Couto Maia, unidade de
referência no tratamento de doenças infectocontagiosas e onde Maria
Angélica está internada.
Durante a entrevista, a médica esclareceu que para ocorrer a
imunização a pessoa precisa receber as duas doses da vacina e respeitar
a "janela imunológica", como é chamado o período que o organismo
precisa para reagir ao imunizante, produzindo os anticorpos contra a
doença. De acordo com Ceuci, no caso da vacina contra a Covid-19, se
está considerando uma janela de cerca de 20 dias.
Maria Angélica foi vacinada com a Coronavac, vacina com
eficácia geral de 50,38%, o que significa que no grupo de pessoas
testadas, metade não contraiu a doença. Entre aqueles que tiveram o
coronavírus, 78% foram casos leves e dentro do grupo que desenvolveu a
doença, ninguém ficou em estado grave ou faleceu.
Segundo a infectologista, quando estiver com a saúde
restabelecida, Maria Angélica poderá tomar a segunda dose, mesmo após o
prazo estipulado de até um mês para receber a dose de reforço. "Vacina
não perde a primeira dose. A gente sempre vai fazer a complementação do
esquema. Angélica, na época certa, depois que ela estiver muito bem, ela
vai tomar a segunda dose e não repetir o esquema de duas doses",
esclareceu a médica. Com esse caso, ela ressalta a importância da
vacinação junto à manutenção das medidas de proteção e distanciamento
até que 60% ou 70% da população esteja imunizada. (Bahia Notícias)
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