No dia 11 de
fevereiro, celebramos o Dia Mundial do Doente.
É um momento propício para prestar uma
atenção especial às pessoas doentes e a quantos as assistem nas famílias, nas
comunidades, nas unidades de saúde e nos hospitais. Quando estamos doentes, a
incerteza e o temor impregnam a mente e o coração.
QUEM circula pelas
portas de hospitais
e ambulatórios poderá constatar
as longas filas de espera.
Já de madrugada
chegam doentes, tentando assegurar
o direito de serem atendidos. Não raro, o número excessivo de pessoas,
obriga médicos a exames
rápidos. A situação
fica muito mais
penosa por
causa do preço
dos medicamentos e das dificuldades para internação de pacientes.
O DOENTE tem direitos e nem sempre são
respeitados: Direito à vida, à saúde, a um
atendimento humano e respeitoso por
parte da família e dos profissionais de
saúde; direito de receber explicações
claras a respeito
de sua situação, diagnóstico e prognóstico. Tem direito à assistência
espiritual; direito de ser
valorizado como pessoa
humana e nunca ser abandonado.
DOIS GRANDES
desafios se apresentam no momento. O primeiro é o de prevenir doenças.
Muitas delas, quase desaparecidas de nosso país, já forçaram nova
entrada e ocupam vastas extensões. Basta
lembrar a Hanseníase
(Lepra), a Tuberculose, a Malária, a Dengue, a Chikungunya, a Zica... A segunda medida,
inadiável, é a de aproximar medicamentos e médicos para mais perto dos
doentes. Muitos idosos doentes gastam quase toda a sua aposentadoria em
medicamentos.
POR OCASIÃO do Dia Mundial do Doente, manifestamos
gratidão a médicos e sanitaristas comprometidos em prevenir doenças, evitar a
mortalidade infantil e prolongar a vida. Há, sem dúvida, dedicação admirável de
muitos médicos, enfermeiros e atendentes! É dever de justiça reconhecer o
esforço de hospitais, clínicas e centros de saúde em acolher enfermos e
acidentados, empenhando-se para que consigam a cura.
MERECEM reconhecimento especial os membros da Pastoral da
Saúde e todos os homens e mulheres que dedicam horas de seu dia aos doentes, em
suas residências ou nos hospitais, de forma gratuita. Mesmo, sem querer
resolver problemas médicos ou de saúde, são uma presença amiga e consoladora no
momento da dor e do sofrimento. Disse Jesus: “Eu estava doente e cuidaram de
mim” (Mt 25,36). Quando você visita um doente, está visitando Jesus, na pessoa
do enfermo.
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
[email protected]
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