Festival de forró
Riachão do Jacuípe vivenciou nos dias 27 e 28 passados um momento histórico. O I Festival de Cultura e Forró mobilizou milhares de pessoas que acorreram para a cidade para ver artistas famosos e dançar forró. A iniciativa era um sonho antigo do forrozeiro Del Feliz e do agora prefeito Carlos Matos. Houve muita controvérsia antes do acontecimento. Eu mesmo ouvi pessoas dizendo que “isso não é tempo de forró. É tempo de carnaval.” Até mesmo radialistas da cidade condenaram a data do evento. Houve até quem dissesse que deveria ser realizado no dia 01 de junho. Essas pessoas não entenderam o apelo que o evento fazia para movimentar a cidade, numa época de economia parada e anunciando o São João que já é tradicional.
Não foi um evento qualquer. Movimentou cerca de 40 artistas de nível local, regional, nacional e até internacional. Para a cidade vieram milhares de pessoas de municípios vizinhos e de outros estados. Todos os hotéis, pousadas, pensões e até casas foram alugadas para abrigar as pessoas que vieram para o festival. O evento não contou apenas com a apresentação de artistas famosos cantando para que as pessoas dançassem. Houve ainda oficinas de dança, de sanfona, literatura e arte cênica. Tais como o conhecido Zé Livrório e a até então pouco conhecida Rural Elétrica.
Um detalhe que chama a
atenção é que o custo do evento foi infinitamente menor ao que os prefeitos
costumam pagar em festas juninas. Tudo em nome de um apelo para a festa do São
João que acontece no mês de junho. Certamente esses artistas que agora
reduziram seus cachês para participar do evento, poderão estar aqui durante os
festejos juninos e cobrando cachês mais em conta, diferente das verdadeiras
“fortunas” que costumam cobrar pelo Nordeste afora. O custo total do Festival
não paga o cachê de um desses renomados sertanejos que costumam se apresentar
nos festejos juninos. Quem apostou no fracasso do evento, quebrou a cara. Foi
um sucesso total. Confira video com matéria da TV Subaé.
O Festival de Forró teve o propósito de aquecer o
turismo cultural e gastronômico da região, enaltecendo a cultura local. O
que seria um evento regional, acabou tendo um alcance internacional. Sim.
Contou com a participação da espetacular cantora portuguesa Noa, que incluiu o
forró em seu repertório e, recepcionando o nosso embaixador do forró, Del Feliz,
em seu país, divulgou o evento nos principais meios de comunicação de Portugal,
além de presentear o povo Jacuipense e visitantes com uma grande apresentação,
encantando a todos com seu talento. E ainda fez essa declaração de amor nas
redes sociais.
“Ainda estou emocionada com o que aconteceu ontem. Como poderia imaginar que, fazendo o que amo, poderia "mexer" com coisas tão poderosas que fazem arrepiar e chorar. Revisito e homenageio a cultura riquíssima de um Brasil que perdura pelo tempo. Levo a minha Portugalidade além-fronteiras e, tal como em séculos passados, descubro novas formas de fazer música. Ontem, como embaixadora da música portuguesa em Riachão do Jacuípe, aliei-me a uma cidade inteira que me recebeu de braços abertos e lágrimas nos olhos. Desde o primeiro momento até à última nota. A todos que se cruzaram comigo nesta viagem, terão sempre um lugar à minha mesa.” Escreveu Noa em seu Instagram. Veja o vídeo e tire suas conclusões.
Ainda sobre o festival I
Ouvi
pessoas comentando sobre a ausência de conhecidos artistas nacionais. Porém,
que nada tem a ver com os festejos juninos. No meu ponto de vista seria um
erro, trazer artistas populares engajados em outros eventos que priorizam
ritmos como o sertanejo e a MPB. No meu entendimento tem que ser lé com lé e
cré com cré.
Algumas imagens
A Marinete do Forró também esteve presente no Festival. |
Frasco
Durante
o festival de forró uma cena pitoresca foi anotada por pessoas que estavam
próximas a um hotel. Um casal ia adentrando o estabelecimento quando um homossexual
abordou perguntando: “vão namorar aí dentro?” O porteiro do hotel, um senhor de
idade, tomou as dores do casal e respondeu: “Vão sim, só não com frasco” ... Vencido,
o moço, dirigindo-se ao porteiro, limitou-se a resmungar: “Essa juventude de
hoje...” ca, ca, ca, ca, ca...
Bons tempos
Bons
tempos eram aqueles em que quando a gente dizia “vamos putiá...” era convidando
para ir ao Barzinho Tiha, em Feira de Santana. Aliás Feira de Santana tinha
também um outro bar cujo nome era bem sugestivo. Quando alguém queria sair de
um bar que não estava agradando, costumava dizer: Vamos para outro canto? Logo
surgiu um estabelecimento chamado Outro Canto. Em Salvador também havia um
motel chamado Outro Canto.
Anúncios
Alguns
anúncios divulgados em emissoras de Riachão do Jacuípe produzem circulações
ilarias. Por exemplo: Num anúncio de medicamento a locução diz: Este
medicamento reduz o colesterol, triglicérides e “zípertensão”. Já em outro
convoca os pais “irresponsáveis” a matricularem seus filhos nas escolas. Confesso
que não sei o que é zipertensão e nem sabia que pais “irresponsáveis”
matriculam seus filhos nas escolas.
Moeda
O
governo brasileiro anunciou que pretendia lançar uma moeda equivalente para o
Brasil e a Argentina. Aquele que conseguisse tal feito, para mim não seria se
quer o Adam Smith, mas, o Mandrake. Parece que não vai vingar, mas eu fiquei
pensando cá comigo como seria tal moeda. Viajando na minha imaginação eu diria
que o nome seria Peso Morto. De um lado teria o número um com o nome da moeda e
do outro lado a figura de Carlos Gardel montado num Pega.
Nenhum comentário:
Postar um comentário